Plenário desdobra análises sobre novo modelo do transporte público da cidade, a partir de mudança proposta pelo governo

Vereadores discutem investimento do governo para garantir alojamento para alunos de fora

A aplicação de dinheiro do município para garantir moradia para universitários, de Macaé e de fora, levantou ontem (18) um intenso debate em plenário sobre a execução de políticas públicas de inclusão e acesso à educação gratuita.

Proposto pelo presidente da Casa, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), um requerimento propõe ao governo a criação de uma “bolsa-auxílio” para estudantes de Macaé, que seguem em formação acadêmica em universidades situadas fora da cidade.

Ao defender o requerimento, Dr. Eduardo apontou que o governo vai investir dinheiro do município para alugar o antigo Hotel Colonial, situado na Imbetiba, para acolher estudantes universitários de outras cidades, que participam de cursos ministrados pela UFRJ na Cidade Universitária.

“O auxílio seria muito bom para os nossos estudantes. Já que pode alugar hotel para abrigar universitários de fora, que se garanta então um auxílio moradia para os nossos alunos que buscam formação em outra cidade. Seria um grande apoio para muitas famílias que enfrentam dificuldades para sustentar um filho em faculdade de fora”, defendeu Dr. Eduardo dando ao vereador Maxwell Vaz (SD) a co-autoria do requerimento.

“Esse requerimento não precisa da minha assinatura, mas sim do meu voto. Essa é uma iniciativa mais do que justa e será acolhida por todos nós vereadores. Só não sei se o governo vai ter essa sensibilidade, porque em quatro anos o Executivo triturou três projetos sociais que garantiam auxílio a estudantes”, disse Maxwell.

Já George Jardim (MDB) endureceu as críticas ao Executivo. “O governo não promove a inclusão, mas sim a exclusão dos alunos da nossa cidade, vide a situação das duas alunas da Serra”, apontou George.

Ex-secretário de Educação, o vereador Guto Garcia (MDB) afirmou que a ideia é positiva, mas que pode ser aprimorada. “Macaé tem hoje mais de 15 mil alunos universitários, com 40 cursos de graduação. Quase ninguém precisa sair da cidade para se formar. Mas é um requerimento interessante, que pode ser contemplado de acordo com a situação socioeconômica do estudante. Não dá para atender a todos, mas pelo menos aos que fazem cursos que não existem na cidade. Macaé tem custo de vida alto e existem estudantes que não possuem condições de estar na cidade. Esse aluguel do hotel é uma parceria com a UFRJ para atender alunos carentes”, disse Guto.

Marcel Silvano (PT) afirmou que essa iniciativa não é a única que pode melhorar o acesso ao ensino na cidade. “Eu tenho muita cautela nessa discussão, porque só quem passa por essa situação sabe o quanto é importante ter um auxílio. O Transporte Social Universitário (TSU) está sucateado. Custa menos ter um diálogo sério e transparente com as instituições federais que estão na cidade. É preciso fazer política educativa de qualidade, com vagas e acesso para todos”, disse.

O requerimento foi aprovado por unanimidade.