Como era de se esperar e confirmando o resultado das urnas nas eleições de outubro, mesmo a maioria dos senadores e deputados terem promovido uma série de alterações na legislação, inclusive aprovando o Fundo de Financiamento de Campanha estimado em mais de R$ 2,8 bilhões para garantir a reeleição e o retorno da maioria deles a Brasília, a ilha da fantasia, ao deixar de escutar o barulho das ruas e melhorar o desempenho parlamentar para ganhar o respeito dos eleitores, a maioria dos que ousaram se candidatar à reeleição, foram recusados nas urnas e com a promessa do novo governo de acabar com o toma lá dá cá, todos estão observando uma grande mudança na estratégia de escolha dos nomes para compor a equipe.

Aliás, não custa lembrar que o barulho das ruas, com as manifestações espontâneas explodindo desde junho de 2013 e ignoradas pelos senhores deputados e senadores, não foi escutado por nenhum parlamentar, o que não foi nenhuma surpresa para alguns que, acreditando no poder do dinheiro e de jeitinhos brasileiros, acreditavam que iriam continuar gozando de vida doce em Brasília. Enquanto o candidato vencedor, Jair Bolsonaro, presta contas indicando recursos de campanha no valor de R$ 3,9 milhões mas gastando menos de dois para vencer o pleito (o saldo ele pretende doar à Santa Casa de Juiz de Fora onde foi atendido após o atentado à sua vida), o petista Fernando Haddad anunciou uma despesa de pouco mais de 39 milhões, dos quais arrecadou quase 36 milhões ficando a dívida restante para o Partido dos Trabalhadores pagar, mais uma conta.

Coisa que pouca gente sabe e só agora vem à tona, é a grana do programa Mais Médicos, que o governo cubano utilizava para pagar dívidas com o Brasil mas, os médicos, coitados, dos R$ 11 mil, ficavam apenas com R$ 3 mil. Ao retornarem para Cuba, abrem-se vagas para os milhares de médicos brasileiros que durante este tempo se formaram. Quer dizer, a renovação não vai ser só política, mas também de outras ações para que o Brasil tome outro rumo.

Fazer o quê?

Não faz muito tempo, o município de Macaé castigado por intensa chuva, demonstrou que não tem infraestrutura capaz de suportar nenhum temporal porque, tudo o que foi planejado e feito, além de não ser continuado, pelo contrário, acabou sofrendo depreciação pelo simples fato de a prefeitura não ter um gestor que saiba fazer o dever de casa, embora o orçamento anual desde 2013, quando começou a administrar o município, venha arrecadando cerca de R$ 2 bilhões por ano, indicando que, em seis anos de mandato, somados por cada exercício, foram arrecadados mais de R$ 12 bilhões, dinheiro para fazer inveja a qualquer um que tenha planos para mudar os rumos de uma cidade e ter uma infraestrutura que pudesse orgulhar seus filhos e os aqui radicados. Ainda não chegamos ao verão, quando as chuvas prometem surpresas mais desagradáveis e temidas pela população, principalmente dos bairros periféricos, alvos da má gestão.

Apesar dos apelos feitos por moradores dos mais diferentes bairros, o prefeito prefere não ouvir as reivindicações dos moradores que a cada ocorrência dessa natureza acaba sofrendo prejuízos enormes com perda de bens ao terem as casas invadidas pelas águas, além de também a mobilidade urbana ser prejudicada, atingindo não só os trabalhadores, mas também os alunos que ficam sem aulas.

É triste para os cidadãos que não têm a quem recorrer sequer para pedir a troca de uma lâmpada queimada em algum poste pelo qual ele, contribuinte, se vê garfado na conta de energia com o pagamento mensal de R$ 6,80 todos os meses, compulsoriamente. Vamos torcer, vamos rezar, para que as chuvas não sejam tão intensas porque se os cidadãos não sabem o que fazer, que dirá sua excelência…

PONTADAS

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Uma trabalhadora indignada recorreu às redes sociais para fazer um desabafo. Como se julgou beneficiada com o Cartão Macaé para pagar R$ 1 pela passagem, perdeu o cartão, registrou a ocorrência, como pediram. Mas, apesar de falar com a Ouvidoria (?), viu seu pedido negado para tirar a segunda via do Cartão e se vê obrigada a pagar a tarifa cheia do transporte urbano de R$ 3.05. Está colocando a boca no trombone e tem razão.

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Moradores de rua continuam sendo a dor de cabeça para as pessoas que circulam pela cidade e são vistos por toda parte. Além de ocuparem calçadas para dormir, encontraram também um abrigo no Cavaleiros. Armaram uma barraca em frente a um estabelecimento que encerrou as atividades e, fazem a festa. Como vai haver um congresso sobre turismo e o evento será no Cavaleiros, é provável que a prefeitura recolha e os leve para algum abrigo.

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Depois que o prefeito tirou da folha de pagamento o dinheiro do vice-prefeito Vandré Guimarães, que deveria ser o próximo candidato a prefeito para suceder a atual gestão, as coisas azedaram. Outros nomes, como anunciam a rádio corredor do palácio de governo, já começam a ser tirados da manga do prefeito para a sucessão. Guto Garcia, Celinho Chapeta, Welberth Rezente eleito deputado e…

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Até domingo.