Macaé apresenta diversos problemas de infraestrutura

Macaé destina R$ 278 milhões para o setor, enquanto Maricá reserva R$ 1,2 bilhão

Dentre as quatro cidades bilionárias, ligadas ao mercado do petróleo fluminense, Macaé será a que menos vai investir em obras de infraestrutura e urbanização em 2019, que garantem vantagens em meio a concorrência provocada pelo novo ciclo do mercado do petróleo. Mesmo com o orçamento em alta, especialmente de repasses do petróleo, Macaé destina pouco mais de 10% do total previsto para ser arrecadado neste ano (R$ 2,350 bilhões), no setor. Somadas, as verbas para Urbanismo e Saneamento somam R$ 278 milhões.

Enquanto isso, Maricá, cidade que disputa com Macaé, não apenas a relevância estratégica para as novas operações offshore no litoral fluminense, como também a instalação de um novo porto, a prefeitura destinará neste ano R$ 1,2 bilhão em obras e manutenção de serviços importantes para planejar e preparar a cidade para o futuro.

Com um orçamento previsto de R$ 2,55 bilhões, maior que o de Macaé, Maricá conta com as maiores cotas da Participação Especial do petróleo, que juntas podem custear grande parte do orçamento previsto para a infraestrutura.


Já Niterói, a cidade que prevê o maior orçamento dentre os quatro municípios bilionários (R$ 2,9 bilhões), destinará mais de R$ 566 milhões para melhorar as condições estruturais da cidade, se consolidando como uma base importante para as operações do pré-sal, nas Bacias de Campos e de Santos.

Até mesmo Campos dos Goytacazes, que terá orçamento menor que o de Macaé (R$ 2,021 bilhões), destinará mais recursos para infraestrutura: R$ 400 milhões.

Macaé também perde na Saúde e Educação

Apesar de destinar a maior parte do orçamento para a Saúde (R$ 549 milhões) e Educação (R$ 541 milhões), Macaé não será a cidade bilionária que mais investirá nas áreas consideradas como as premissas da gestão pública.

Juntos, os dois setores somarão R$ 1.090 bilhão do orçamento da Capital Nacional do Petróleo. Cerca de 70% deste valor é destinado à folha de pagamento dos servidores. Já Campos, mesmo com orçamento menor, destinará no total R$ 1.108 bilhão para a Saúde (R$ 704 milhões) e Educação (R$ 404 milhões), neste ano. Niterói também investirá alto nestas áreas: Saúde (R$ 570 milhões) e Educação (R$ 440 milhões), somando R$ 1.010 bilhão. Maricá destinará R$ 392 milhões do orçamento para a Saúde e R$ 319 milhões para a Educação.