A fábrica é mantida pela prefeitura e voltou a funcionar, reequipada, em agosto deste ano

Todo agricultor que queira beneficiar sua produção de mandioca pode comparecer à fábrica

A Prefeitura de Macaé revitalizou a Fábrica de Farinha da Serra da Cruz, dentro do distrito de Córrego do Ouro e qualquer agricultor que queira beneficiar sua produção de aipim pode comparecer à unidade, de 7 às 17 horas, em dias úteis. A fábrica é mantida pela prefeitura e voltou a funcionar, reequipada, em agosto, com objetivo de fomentar e incentivar a economia rural local, explorando uma nova oportunidade de negócio sustentável.

“A Casa de Farinha está pronta para atender a demanda do produtor rural que planta o aipim, seja dos assentamentos ou de qualquer propriedade e distrito. A unidade não abrange só a localidade de Serra da Cruz, mas toda a cidade e área rural”, destacou o secretário de Agroeconomia, George Jardim.

De acordo com o secretário, o fortalecimento da economia rural depende da fixação do homem no campo e isso passa por políticas públicas de agricultura familiar. “Essa fábrica de farinha é do produtor, é uma obra que tem implemento útil e o objetivo da secretaria é atender ao produtor e facilitar a vida dele no que for possível”, citou George Jardim.

A fábrica está apta para receber produtores de Córrego do Ouro, de todos os assentamentos do município, como Celso Daniel e Maria Amália, da localidade da Bicuda, englobando Areia Branca e Bicuda Pequena, onde o plantio de aipim é expressivo, entre outros. “Estamos melhorando a renda do agricultor e o mantendo com condições de viver e sobreviver da terra. Esse é o objetivo do produtor rural: plantar e colher os nossos alimentos, o que ele se alimenta e trabalhar com a terra. Por isso a fábrica é de grande utilidade”, ressaltou o secretário.

A unidade da Serra da Cruz ficou parada por um tempo porque precisava de manutenção de um dos equipamentos. Hoje, 15 produtores já usam o maquinário. A etapa de produção de farinha passa pelo raspador, limpeza, trituração, prensa, forno, peneira, balança e seladora. Mandiocas amarela e branca podem passar pelo maquinário e o processo dura em média uma hora.

Em agosto foram produzidos 23 sacos de farinha de mandioca de 50 quilos. Segundo o agrônomo João Flores, a secretaria de Agroeconomia busca a obtenção do selo da agricultura familiar para ampliar a atuação do escoamento da produção. “A agricultura familiar ocorre devido a sua condição de exploração econômica, acesso a políticas públicas e a indicação ao público consumidor de que o agricultor produz alimentos”, conceituou o agrônomo.

A farinha de mandioca produzida na fábrica é integral, sendo um subproduto do aipim, raiz rica em carboidrato com capacidade principal de fornecer energia. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, a farinha de mandioca é um produto minimamente processado. O mesmo guia orienta que a maior parte da alimentação do indivíduo seja formada por alimentos in natura (o caso da mandioca) e minimamente processados.

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