A entrevista coletiva aconteceu nesta sexta-feira (29) por videoconferência - Divulgação

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (29) por videoconferência, Dr. Aluízio descartou o retorno gradual do comércio na cidade nos próximos dias

“Não vou colocar ninguém em riscos de vida por conta de uma necessidade que por hora não é central, esse é o nosso compromisso com a cidade. Apesar da preocupação com a economia e com a vida econômica que, são importantes, não morrer, é fundamental”, disse o prefeito Dr. Aluízio, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (29) informando que não reabrirá outras atividades comerciais, por conta do aumento do número de casos confirmados por coronavírus em Macaé.

Segundo o prefeito, apesar do plano de flexibilização estar pronto, o qual será apresentado e discutido na próxima quarta-feira (3) com o Ministério Público, neste momento o município não tem condições de flexibilizar mais nada, mantendo a atenção redobrada.

A cidade conta hoje com 44 leitos disponíveis no Hospital Público de Macaé (HPM) para casos confirmados por COVID-19 e seis leitos no Hospital São João Batista, em reserva. Desta forma, hoje a cidade registra 30 leitos ocupados, representando 66%, impedindo a retomada razoável do comércio e demais atividades.

Dr. Aluízio salientou novamente a importância de se procurar por assistência médica antes do quinto dia da doença, para que o caso não se agrave e haja a possibilidade de ajuda e recuperação, visto que embora não tenha como programar o comportamento do vírus, cabe à população se cuidar adequadamente.

“Chegamos na fase mais crítica da doença, onde minha expectativa não avança nesse contexto. A gente conversou desde o início que as pessoas chegassem antes do quinto dia da doença, mas quando elas buscam pelos hospitais, chegam em estágio grave, sobretudo, os idosos. As pessoas não querem ter COVID-19 e esse medo impede que as pessoas busquem uma assistência médica mais imediata e, o temor significativo de ir para o hospital, atrasa esse processo”, pontuou.

De acordo com o prefeito, os números de leitos têm reduzido, o número de pessoas que vão aos hospitais tem aumentado e a taxa de permanência no hospital é prolongada, principalmente, a do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o que reflete em duas variáveis, a taxa de pessoas dentro do hospital e a taxa dos que permanecem entre 20 e 30 dias.
Apesar de afirmar que não flexibilizará nada, o prefeito aproveitou o encontro virtual para agradecer ao Ministério Público Estadual e, agradeceu ainda, o apoio recebido da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) e da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), visto que ambas organizações vem ao longo dos dias elaborando estratégias a fim da reabertura do comércio no município em prol dos mais necessitados neste momento.

“Não é uma decisão solitária, venho discutindo com pessoas que tem responsabilidade no assunto. Diante da curva do coronavírus na cidade, até o fim deste cenário a perspectiva é que 12 mil pessoas contraiam o vírus”, ressaltou o prefeito sobre a importância dos decretos em prol da contenção.

Vale lembrar que Macaé registra hoje 799 casos confirmados por COVID-19, 353 pessoas que se recuperaram da doença e 27 que vieram a óbito. Em casos de sintomas, basta comparecer ao Centro de Triagem, situado no antigo Posto de Saúde Dr. Jorge Caldas, na Rua Tenente Coronel Amado, número 225, no Centro, funcionando 24 horas. Os telefones são 2796-1015 e 2796-1344.