Ponto de Vista – Expectativa geral

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Encerrado o período de mais um “feriadão” e as atividades que serão retomadas a partir desta segunda-feira para normalizar a vida do país – os pagadores de impostos, empresários e trabalhadores têm muito para se desdobrar a fim de saciar a fome de tributos do governo – começamos a viver uma nova expectativa. A apreciação do Habeas Corpus preventivo, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), coisa rara naquela Corte, marcada para o dia quatro de abril, após quase duas semanas de “pequenas férias” dos ministros que ainda estão enfrentando dissabores, após ceder às pressões de políticos, advogados (entre eles ex-ministros da Corte), empresários e outras pessoas influentes, para tentar livrar Lula da cadeia. O que muita gente não entende é: de onde vem tanto dinheiro para pagar advogados caríssimos para defender uma causa dessas? Como a credibilidade na Justiça tem alcançado índices cada vez mais baixos, se o resultado for o esperado pela tropa do PT e aliados, com o Supremo deixando Lula livre, leve e solto, muitos empresários e políticos envolvidos estarão aplaudindo por também estarem sendo beneficiados. De outro lado, a Corte Suprema vai se “apequenar” como disse a presidente, e cair nas desgraças das redes sociais pelas enormes pressões com a divulgação de mensagens críticas não muito agradáveis, como as manifestações convocando a população para ir as ruas no dia anterior ao julgamento. Tomara que, desta vez, não tenhamos imagens e acusações dos ministros da Corte em baixo nível. O que apenas degrada a imagem de cada um deles. Mas, se o resultado for favorável a Lula, com certeza será o maior desgaste do Judiciário pois os magistrados de todas as instâncias ficarão diminuídos e o índice de credibilidade poderá cair mais. É tudo que os políticos de plantão envolvidos até a alma na Operação Lava-Jato desejam para continuar na sanha da prática de atos lesivos. Mas, resta ainda a esperança de a presidente do STF, Cármen Lúcia, de não pautar os pedidos para rever se, condenado na segunda instância, deve ir direto para a cadeia. Fazer o quê, senão apenas aguardar o resultado?

Esperança, ainda

Embora a maioria da população continue pasma com o desvio que o programa do prefeito para o período da gestão 2013/2016 tomou, tem gente que acredita em história da carochinha, ou mesmo em Papai Noel. Quem, dos milhares de eleitores que na ocasião preferiram as mudanças anunciadas para se ter um governo austero e inovador, com as promessas cumpridas? Aliás, coisa que nenhum deles, após assumir o cargo e segurar uma caneta com o peso de R$ 2 bilhões em média por ano, faz ou… finge que faz ou vai fazer. Por exemplo. Uma creche em cada bairro. Ora, que existe dinheiro para fazer, existe. Mas o dinheiro desaparece e as creches, simplesmente ficaram na promessa e as mães que têm de trabalhar para colaborar com a renda da família, acabam mais sacrificadas porque têm de pagar creches particulares. Tudo bem, a promessa foi ficando esquecida, mas hoje, o Executivo será capaz de afirmar que vai pagar a promessa. Você aí, acredita? Não, porque estamos no primeiro de abril, Dia da Mentira e promessa nesse dia, não vale muito. Pode ver que é pegadinha. Se o antigo Ginásio do Ypiranga caiu literalmente aos pedaços (o local poderia ser preservado e ali construído um monumento aos Direitos Humanos porque muitos macaenses foram presos durante o período militar). Fora isso, foi palco de grandes conquistas esportivas. E o ginásio polioesportivo? Também literalmente destruído e, mesmo por determinação da Justiça não se move uma palha para recuperar uma obra que serviu de palco para fazer as pessoas felizes? O Parque da Cidade? Puxa, poderia ter sido revitalizado, as residências em torno poderiam ser desapropriadas e ali construído um anfiteatro para apresentação de shows e orquestras sinfônicas… Como a população ficaria alegre e feliz. Mas está entregue às baratas. E o monumento dos 200 anos de fundação da cidade, está aonde? Igual a Brasília, poderia ter sido construída uma torre ou um obelisco de 200 metros de altura e no topo tremulando a bandeira de Macaé. Seria mais um ponto turístico. Bem, não vamos aqui abordar o que mais a população anseia dia após dia. Mais segurança, saúde, educação, transporte (com o VLT andando na linha), construção de novos espaços e escolas, enfim, a lista é enorme. Só que a prefeitura arrecadou quase R$ 12 bilhões nesse período e, a pergunta que não quer calar. Foi parar onde?

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PONTADAS

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Alexandre Reis, Diretor da Firjan, na reunião do Conselho Municipal de Macaé, fez uma análise da situação que o país e, especialmente o Estado do Rio, enfrenta. Todos ficaram perplexos com os números e informações do mundo econômico, empresarial e político. “Gostaria logo que acabasse 2018 mas votar em quem? Com relação ao momento político ele afirmou: “o que a população mais quer é segurança e emprego”.

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Apesar de os contribuintes serem garfados todos os meses nas contas de energia, pagando a contribuição de iluminação pública que aumenta todo ano, a situação na cidade é preocupante, o que beneficia a ação de criminosos. Até na zona sul, ao longo da Praia Campista, são muitos os postes tombados, não recuperados e com as luzes apagadas. Nos bairros, então, nem se fala.

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Está pipocando mais uma ação no Ministério Público Estadual contra a prefeitura, desta vez, relacionada aos Guardas Municipais que recebem o pagamento de 1/3 das férias com base apenas no vencimento básico, sem considerar adicionais, gratificações e horas extras. Vai ver, será mais uma conta grande que a prefeitura vai ter de pagar. Mas como deve estar juntando dinheiro…

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Até domingo.