Petroleiros fazem manifestação em frente ao Terminal Parque de Tubos, em Macaé

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou nesta quarta-feira (30) que, mesmo com a liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que considerou a greve abusiva, a paralisação da categoria foi iniciada e atinge refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos. Atos e manifestações foram registrados ao longo do dia.

Segundo a federação, na Bacia de Campos os trabalhadores também aderiram à paralisação em diversas plataformas. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) foi divulgado um quadro parcial com 21 plataformas aderindo ao movimento. Destas, seis estão totalmente paralisadas.

Diretores do Sindipetro-NF estão nos aeroportos orientando aos trabalhadores, que iriam embarcar, a aderir a greve. Na base da Petrobras de Imboassica (Parque de Tubos), diretores realizaram um ato com os trabalhadores do administrativo, que durou até às 10h30.

O Sindipetro-NF informa ainda que não foi notificado sobre nenhuma multa com relação a greve.

Pelo balanço da FUP, os trabalhadores cruzaram os braços nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).

Reivindicações

Os petroleiros afirmam que o movimento é uma reação à política de preços dos combustíveis, de crítica à gestão na Petrobras e contra os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis.

A paralisação dos petroleiros ocorre três dias depois de o presidente Michel Temer e equipe negociarem um acordo com os caminhoneiros. Por mais de uma semana, os caminhoneiros pararam o país, provocando desabastecimento nos postos de gasolina, supermercados e prejuízos à economia.