Petrobras: US$ 21 bilhões para revitalizar a Bacia de Campos

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Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, busca a revitalização dos campos maduros

A cada US$ 1 bilhão investido no setor, cerca de 25 mil empregos são gerados

Em breve, Macaé colherá os frutos da principal mobilização política/empresarial com foco em reverter o cenário de recessão do mercado de óleo e gás no Estado do Rio de Janeiro. Com US$ 21 bilhões já reservados, a Petrobras garantirá a execução do projeto próprio de elevar a capacidade das operações nas áreas com maior tempo de produção da Bacia de Campos.

Conhecida como “revitalização dos campos maduros”, a estratégia visa elevar o fator de recuperação dos poços que já entraram na linha de declínio de produtividade. Na prática, os cerca de R$ 90 bilhões anunciados pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, serão aplicados em áreas com elevado potencial de extração de óleo de boa qualidade, em destaque os campos de Marlim e Roncador.

A companhia investirá na elevação do potencial de produção desses campos, passando dos 14% de extração de óleo e gás atuais para 23%. A média mundial chega a casa dos 35%. De forma oficial, o desenvolvimento deste projeto da Petrobras mobilizará a cadeia de empresas situadas na cidade, que oferecem produtos e serviços para o setor de “E&P” (exploração e produção).

Nas contas da indústria, a cada US$ 1 bilhão investido no setor, cerca de 25 mil empregos são gerados.

Furto de Combustível

Castello Branco adiantou que a Petrobras pretende assinar um protocolo de intenções com a Secretaria Nacional de Segurança Pública para combater o furto em duto de combustíveis. Acordos semelhantes já foram assinados com os governos do Rio de Janeiro e de São Paulo, estados onde ocorre 83% dos casos desse crime.

“O furto de combustíveis produz, não só perdas para a companhia, em termos do próprio combustível que é subtraido e de equipamentos, mas também riscos de acidentes ambientais e para a vida humana.”

O presidente da Petrobras disse ainda que atualmente quatro mil pessoas trabalham na construção de um gasoduto para levar o gás do pré-sal para o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, e que o número de trabalhadores pode chegar a 7,5 mil. Cerca de 4 bilhões de dólares foram investidos no projeto, que prevê ainda uma planta de regaseificação.