Moradora mostra a situação crítica da sua rua e volta a cobrar uma solução do loteador e do poder público

Enquanto prefeitura e loteador vivem impasse, população do bairro sofre com a falta de infraestrutura

Não é de hoje que o jornal O DEBATE vem mostrando a realidade de muitos loteamentos, que crescem sem nenhum tipo de infraestrutura na Capital do Petróleo. Um deles é o Jardim Franco, onde a nossa equipe esteve recentemente mostrando os transtornos que os moradores enfrentam no seu dia a dia. Entre os diversos problemas apresentados pelos moradores estava a questão da acessibilidade. Muitos enfrentam dificuldades para entrar e sair de suas casas. Isso ocorre porque o loteamento não é asfaltado. Boa parte das ruas conta com pavimento de pedras.

Além do material de qualidade duvidosa, as vias não recebem manutenção há anos, conforme já foi denunciado pelo jornal inúmeras vezes. Quem confirma isso são os moradores, que voltam a cobrar do poder público maior atenção. “Foi feito com um material muito ruim pelo loteador na época. Como não tem manutenção, os buracos estão tomando conta das ruas. Está realmente horrível”, diz um morador, que pede sigilo do nome.

Se nas vias principais a situação é ruim, na parte interna do bairro é ainda pior. Essa semana, a moradora Ana Paula entrou em contato com a nossa equipe de reportagem para reclamar do problema novamente. “Uma pergunta que não quer calar, onde estão os responsáveis dessa cidade? Uma vergonha isso. O Jardim Franco está abandonado. Ruas emburacadas, pedras, areias no meio da rua e ninguém vê isso? Um exemplo disso é a Rua Sete. O paralelepípedo aqui é o pior do mundo”, questiona.

Uma outra moradora, que também não quis se identificar, diz que os transtornos acontecem independente do tempo. “Quando chove o problema é a lama. Quando está sol e o barro seca, é a poeira que invade as casas. Enquanto a prefeitura e o loteador vivem esse impasse, um verdadeiro jogo de empurra que ninguém resolve nada, a gente que mora aqui é quem sofre”, diz ela ressaltando que já pensa em ir embora do loteamento. “Já cogito vender minha casa. É lamentável porque você leva anos construindo, fazendo do seu jeito para ter que abrir mão de tudo no final. Tudo isso poderia ser resolvido se asfaltassem a rua”, completa.

Segundo informou a prefeitura recentemente, o calçamento é de competência do loteador. Ela explicou que a Procuradoria do Município instaurou um processo administrativo para apuração deste caso.