Nova fase da cidade começa a estimular outros setores da economia da cidade

Após cinco anos negativos, município volta a registrar saldo positivo em geração de postos de trabalho

O ritmo intenso em canteiros de obras, públicas e privadas, marca a retomada de atividades que configuram pilares da economia da cidade, e acentuam uma sensação que cada pessoa, que compartilha o dia a dia de Macaé, já sente desde o ano passado. A dinâmica das ruas e o desaparecimento das placas de “aluga-se” em boa parte dos bairros locais também ajudam a constantar: Macaé está voltando a crescer.

Após cinco anos consecutivos de recessão, a Capital Nacional do Petróleo já é capaz de recuperar fôlego e resgatar também uma referência importante para tantos outros setores da economia local, que volta a ser pujante, mesmo com características diferentes. Os dados consolidados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2019 indicam que, de uma vez por todas, Macaé voltou a ser a terra das oportunidades.
Exatos 2.921 postos de trabalho foram criados ao longo do ano passado, como o resultado positivo de uma equação gerada entre o número de contratações homologadas entre janeiro e dezembro (40.311), pelo número de demissões também registradas no período, pelo Ministério do Trabalho (37.390).

Os dados comprovam ainda a reativação de setores importantes para o desenvolvimento local. Entre as 10 áreas que mais contrataram na cidade no ano passado, a construção civil e o mercado offshore são as que criaram mais oportunidades.

Como reação em cadeia, esse reaquecimento também será sentido pelo comércio, pelo setor de prestação de serviços, pelo polo gastronômico e até mesmo pelo turismo.
“Vivemos sim um novo período, não mais de expectativas, e sim de dados concretos. Há uma nova dinâmica ainda bastante ligada ao mercado do petróleo, que se renova também por conta de outros projetos em andamento na cidade. Estamos certos de que Macaé encontrou o caminho da superação”, avalia o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega.

Apostando nesta nova fase da cidade, a própria ACIM lançou o movimento de Recuperação do Comércio, o que já mobilizou também o “Repensar Macaé” a discutir novas estratégias de fortalecer setores importantes da economia da cidade.

 

Macaé Energia

A variação positiva alcançada por Macaé em 2019 representa o fim de um ciclo de recessão, encarado pela cidade desde 2014, responsável por gerar a extinção de mais de 30 mil postos de trabalho.

Apesar de boa parte dessas vagas ter sido ocupada por moradores de fora, uma boa parte da mão de obra especializada de Macaé, qualificada pelas quatros décadas de operações de exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos, busca ainda na informalidade a necessidade do sustento pessoal e da família.

Na correria do dia a dia, atividades “freelancer” , o Microempreendedorismo Individual e a informalidade através de aplicativos torna-se a única alternativa para todos que esperam a oportunidade de voltar ao mercado.

E essa grande virada é projetada pelo potencial da Bacia de Campos em produzir petróleo, e a capacidade da cidade de transformar o gás natural em energia, através da instalação das usinas termelétricas.

Leo Gomes afirma que o improviso precisa ser substituído por emprego de verdade

“Vivemos a fase da industrialização de Macaé. A perspectiva é que a cidade se transformará no epicentro de um novo ciclo de desenvolvimento regional, o que requer um crescimento planejado e os incentivos necessários para que a população faça parte disso tudo. A fase do improviso precisa ser substituída pelo emprego de verdade. Só assim voltaremos a ser gigantes, como sempre fomos”, avalia o secretário municipal de Relações Institucionais, Leonardo Gomes.