Número de assassinatos em Macaé e região é um desafio para as autoridades que buscam estancar a criminalidade e boa parte está ligada ao tráfico - Foto: Arquivo

Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que o mês de maio o número de assassinatos foi menor referente aos outros meses. Assaltos a pedestres também apresentou redução

 

O balanço da criminalidade em Macaé mostrou redução em alguns indicadores no mês de maio, e apontou o número de homicídios que foi de nove casos, como um dos menores desde janeiro. Houve queda também nos índices de roubo a pedestres em comparação no início deste ano e 2019.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a taxa de homicídio do mês passado ficou estagnada em comparação o mês de abril que também apresentou o mesmo número de ocorrência, enquanto os meses de janeiro e março foram os piores resultados, onde foram registrados 14 e 23 assassinatos. Enquanto a taxa de morte do mês de fevereiro apresentou apenas quatro.

Ainda de acordo com o ISP, o número de assassinatos nos primeiros cincos meses deste ano, chega a 59 casos, contra 38 no mesmo período do ano passado. Ou seja, mesmo com a redução de crimes nos últimos dois meses deste ano, o número de assassinato é superior em comparação ao ano passado, que resulta o aumento de 55%.

Quanto a taxa de assaltos a pedestres, o mês de maio teve uma grande redução em comparação os meses de janeiro e abril deste ano, contabilizando apenas 16 casos. Enquanto em janeiro foram registrados 65, fevereiro 55, março 50, abril 22. As autoridades de segurança pública acreditam que a redução de assaltos se deve o isolamento social devido à pandemia, já que os comércios ainda se encontram fechados.

Enquanto em 2019, os primeiros cincos meses foram registrados 239 ocorrências por assaltos a transeuntes contra 208 deste ano, ou seja, uma redução de 12,9%.

Os dados apresentados são da Polícia Militar, onde as vítimas recorrem à Polícia Civil para a realização do Boletim de Ocorrência. Mesmo com a redução e outros tipos de crimes que ficaram estagnados, o macaense se sente refém do medo, já que constantemente a população tem sido alvo de roubo e presencia homicídios e confrontos em comunidades entre traficantes rivais.

O professor Júlio Boldrini é cientista Político e afirma que esses tipos de crime já fazem parte da rotina dos macaenses e que não importa nem a hora nem a região. “As autoridades de segurança pública não podem comemorar com uma pequena porcentagem na redução de crimes apresentada nos primeiros cinco meses. Tem muita estrada ainda para percorrer e algo para ser feito, principalmente pós-pandemia, onde a curva da criminalidade tende aumentar devido número de desemprego”, disse Júlio.