Marcelo Viana Reid (Merrel) e Evandro Cunha, que lideram os grupos empresariais - Divulgação

Movimento reivindica ação de deputados e senadores do Estado do Rio para evitar a paralisação das obras.

As lideranças dos grupos empresariais de Macaé decidiram esta semana iniciar uma mobilização para tentar evitar que as obras de duplicação da BR-101, sejam paralisadas, e a Arteris, responsável pela concessão, continue apenas recebendo o valor nas praças de pedágio sem ter responsabilidade de concluir o projeto, cujo contrato tem validade de 30 anos. A preocupação maior está relacionada ao fato de ter a concessionária informado que estaria devolvendo para a ANTT, com pedido de relicitação, considerado pelos empresários como danoso, principalmente quando as obras de duplicação do trecho de 33 quilômetros que passa por Macaé, estava previsto para ser iniciado desde janeiro deste ano.

Membro da Comissão Municipal da Firjan e também do grupo Repensar Macaé, Marcelo Viana Reid (Merrel), disse que é inadmissível a atitude da empresa concessionária que no início do ano anunciou que as obras de duplicação do trecho de Macaé estava com as licenças todas liberadas mas começaria no início de março evitando o período de chuvas do verão. “Todos nós acreditamos, como vinha acontecendo até agora e as etapas das obras eram sempre informadas para os representantes das instituições como a última, realizada nas dependências do SESI no começo do ano. A atitude considerada nefasta, surpreendeu a todos e não podemos acreditar que o governo federal vai permitir que a Arteris vai parar as atividades e apenas ficar cobrando pedágio até que uma relicitação seja realizada, o que leva bastante tempo”, disse Merrel.

Na opinião de Evandro Cunha, o grupo deverá elaborar um documento para ser entregue a todos os 46 deputados e três senadores do Estado do Rio, solicitando a ação de cada um junto ao governo para não aceitar a proposta de relicitação feita pela Arteris. “O pior de tudo é que a Arteris endereçou os termos dessa decisão para a ANTT, mas ninguém conhece os motivos que a levaram a proceder desta maneira. A minha posição, assim como de outros grupos que fazem parte de outras entidades, é a mesma. Temos de cobrar não só da Arteris, da ANTT, dos deputados e senadores, mas ao próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que não vai admitir este tipo de “golpe do enriquecimento ilícito”, frisou.

Há cerca de duas semanas, o vereador Maxwell Vaz, realizou um encontro virtual transmitido pela internet, com o engenheiro Silvinho Lopes e com o deputado federal Aureo Ribeiro que prometeu cobrar através da Câmara dos Deputados solução para o caso que ele considera dos mais danosos, principalmente para a população. Ele afirmou que iria acionar o Ministério Público Federal e outros órgãos para obrigar que a Arteris cumpra o contrato realizando as obras. Relicitar seria levar alguns anos sem fazer as obras e ficar apenas recebendo o dinheiro do pedágio que além de caro, já deve ter superado em muito as expectativas porque o lucro deve ser grande.

Marcelo Viana Reid – Merrel, disse que vai mobilizar todos os grupos para pedir apoio dos deputados e senadores para que a obra de duplicação no trecho de Macaé que deveria ter sido iniciado em março, seja iniciada e concluída, para deixar de ser conhecida como “rodovia da morte”.

1 COMENTÁRIO

  1. Essa empresa cobra o pedágio e vários anos e não cumpre com o contrato, e não vemos nenhuma ação do MP. É um absurdo. Várias pessoas já perderam a vida nesse trecho em Macaé, sem falar nos retornos que exitem nem toda extensão no sentido Rio, que tomam metade da pista, pois os viadutos não ficaram prontos.Os caras só sucam o dinheiro da populção