Número de assassinatos em Macaé e região é um desafio para as autoridades que buscam estancar a criminalidade e boa parte está ligada ao tráfico - Reprodução/TV Record

Janeiro e fevereiro registram 16 assassinatos este ano, enquanto o mesmo período do ano passado foram contabilizados 18

Vem aumentando significativamente os casos de homicídios na região de cobertura do 32° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Macaé. Somente neste fim de semana, seis pessoas foram executadas a tiros e uma tentativa de homicídio também foi registrada pela Polícia Militar. Os crimes aconteceram em Macaé e Rio das Ostras, e a Polícia Civil ainda está investigando o motivo dessas execuções, porém, até o fechamento desta edição, ninguém foi preso.

Segundo divulgação do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, os dois primeiros meses deste ano, Macaé registrou 16 assassinatos, contra 18 crimes no mesmo período do ano passado.

Já em Rio das Ostras, os números de assassinatos se igualam ao mesmo período do ano passado, onde foram registrados 10 homicídios nos dois primeiros meses.

Mesmo com uma pequena redução de homicídios em comparação aos dois primeiros meses desse ano e do ano passado, a estatística da violência na cidade já preocupa as autoridades que tentam inibir e coibir as práticas criminosas. Só nos primeiros dias desse mês de abril, já foram registrados quatro assassinatos na cidade, e com isso, a estatística só faz aumentar e superar dados de crimes violentos no ano passado, que chegou a ter 96 assassinatos durante todo o ano.

Boa parte desses homicídios está ligada ao tráfico e disputa por território de vendas de materiais entorpecentes. Vale ressaltar que os dois primeiros meses deste ano, Macaé registrou diversos confrontos entre traficantes rivais que buscavam dominar o ponto de drogas nas comunidades.

Os confrontos entre traficantes dos bairros Novo Horizonte, Cajueiros, Nova Holanda, Aroeira, Malvinas, Engenho da Praia e Lagomar, já viraram rotina, inclusive até toque de recolher imposto por criminosos nas comunidades e intensa troca de tiros entre bandidos já foram registrados. Outras comunidades também como Morro do Carvão, Favela da Linha, Aroeira, Botafogo e Aroeira, vivem momentos de terror.

Mesmo com a pequena queda de homicídio na região e com o número de crimes estagnados em Rio das Ostras, isso se deve as operações policiais realizadas nos bairros e em comunidades, com finalidade de apreender armas, drogas, busca e apreensão.

Quanto aos crimes de roubo a estabelecimento comercial e transeunte, autoridades ainda se preocupam em combater essa prática que não para de crescer no município.