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Por mais que o pré-sal seja a nova tônica do mercado do petróleo nacional, seja pelo potencial geológico, seja por concentrar a maior expertise produzida pela Petrobras em quatro décadas de operações no mercado offshore, é da Bacia de Campos a garantia de se perpetuar a dinâmica positiva da cadeia produtiva de óleo e gás, que mantém mais de 40 mil postos de trabalho na cidade, e que possui o potencial de abrir mais de 500 mil oportunidades ao longo dos próximos anos.

E essa visão otimista se consolida através da publicação da resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que permite a realização de novos negócios, através da recuperação do fator de produção dos chamados “campos maduros”.

Apesar de manter a complexidade de se garantir a extração de óleo de boa qualidade nas reservas que representam a gêneses do petróleo nacional, a revitalização destas reservas representa ainda um novo capítulo para a indústria de óleo e gás sediada na cidade, que possui o potencial de manter o antigo, e de se garantir as atividades futuras pautadas pela “joia da coroa” do petróleo.

De forma simples, a resolução permite que as operadoras que detém a concessão dos campos, possam solicitar à ANP a restruturação dos acordos de exploração e produção, acessando a redução da alíquota dos royalties, revertendo o imposto em investimentos para se ampliar a vida útil de atividades nestas áreas. Fixadas nos acordos de concessão, a projeção de produção dessas reservas está baseada na estimativa de se extrair barris diários de petróleo, o que representa também a tecnologia disponível para se manter as operações com segurança e viável economicamente.

Com a revitalização destas áreas, abre-se um caminho bastante positivo para empresas de menor porte, que se especializaram em desbravar o terreno hostil do além-mar, permitindo assim que essas companhias tenham acesso a áreas com grande potencial de produção, independente do tempo em que essas atividades foram iniciadas.

Para Macaé, isso representa maior fôlego em áreas que sustentaram a prosperidade e o progresso do município durante três décadas, cenários que são estimados para os próximos anos, especialmente para os mais de 40 mil trabalhadores que perderam emprego na crise. Independente da visão política, a resolução representa um novo passo dado pelo país para garantir que o petróleo seja mesmo o combustível da superação, antes que ocorram as mudanças na matriz energética global, pautada pela necessidade de se reduzir os níveis de poluição gerada pelos combustíveis fósseis.