Instituições empresariais se mobilizam em defesa de nova mudança nas regras de mercado

Após o sucesso e eficiência na defesa pela flexibilização nas regras de concessão de novas reservas de petróleo, que destravou a atividade offshore no Brasil superando a crise de 2015-2017, as instituições empresariais de Macaé se mobilizam em defesa da modernização das diretrizes que estabelecem a exploração e comercialização do gás natural como fonte de energia.

Pauta prioritária do Repensar Macaé, a nova lei do gás que segue em tramitação no Congresso Nacional, define em síntese a abertura do mercado interno brasileiro para investimentos na expansão das redes de transmissão, definição de novas taxas e impostos e o fim do monopólio na venda do produto final, que sai principalmente na maior unidade de processamento de gás natural do Brasil: o Terminal Cabiúnas, em Macaé.

Com o suporte e a força da Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), as instituições locais defendem a transformação do gás produzido nas Bacias de Campos e de Santos, não apenas em matéria prima, mas combustível para uma nova fase de superação, desenvolvimento e expansão da economia local.

“A lei do gás é um novo marco no mercado de energia no Brasil. É preciso elevar a competitividade, permitindo assim investimentos que não dependem apenas de recursos públicos. O Brasil tem um potencial fantástico para a produção do gás, precisamos agora que essa seja uma fonte de energia importante para o país”, afirma Gilson.
Hoje, o gás natural apesar de ser encontrado em abundância nas reservas de petróleo do país, corresponde a terceira principal fonte de energia consumida no Brasil, perdendo em larga escala para os derivados do petróleo e o carvão.

Marcelo Reid (Merrel) destaca o gás como a nova energia para a economia de Macaé – Divulgação

A nova perspectiva do gás como fonte de energia garante a base industrial e a cadeia fornecedora de Macaé, uma previsão importante de negócios e geração de emprego.
“Hoje, o gás é o combustível para o futuro de Macaé. Apenas com a produção do Terminal Cabiúnas, temos hoje a perspectiva de consolidar a construção de 10 novas usinas termelétricas. Além disso, a distribuição do gás processado abre a cidade para investimentos de empresas petroquímicas, o que movimenta toda a cadeia econômica local. Estamos falando em geração de postos de trabalho e uma alternativa concreta que elevar a qualidade de vida da nossa população”, avalia Marcelo Reid, membro da Comissão Municipal da Firjan.
A nova lei do gás ainda está em dicussão em Brasília.

As instituições que compõem o Repensar Macaé são ACIM, Comissão Municipal da Firjan, Rede Petro-Bacia de Campos, Federação do Conventions and Visitors Bureau (CVB), Sociedade de Engenheiros do Petróleo (SPE), Sebrae, Associação Macaense de Contabilistas (AMACON), Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro) e Internacional Association of Drillings Contractors (IADC).