O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira - Divulgação

Campos e Macaé estão entre municípios do estado que mais receberam royalties e participações especiais no ano passado

O Estado do Rio de Janeiro receberá de R$ 14 bilhões a R$ 16 bilhões em royalties, este ano, recorde em arrecadação. A previsão da Abespetro, Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo, está no Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro – Panorama 2019, lançado pela Firjan. O documento evidencia a representatividade do Rio de Janeiro para o mercado de petróleo no Brasil, apresentando os principais dados nos diversos segmentos de atividade desse mercado, assim como análises e perspectivas.

Ainda segundo a ABESPETRO, nos próximos 10 anos, somente com as áreas já contratadas, serão gerados mais de R$ 10 trilhões em investimentos em exploração e produção, contribuindo com R$ 480 bilhões em royalties e participações especiais até 2054.

Com 100 páginas, a publicação contém também um mapa com a localizações dos campos de petróleo nas bacias de Campos e de Santos, gráficos e tabelas que apresentam, por exemplo, o histórico da produção de petróleo e da arrecadação de royalties e participações especiais do estado e municípios fluminenses.

Segundo o anuário, em 2018, um terço dos royalties arrecadados por todos os municípios do estado do Rio ficaram na Região Norte Fluminense. Macaé foi o município que mais arrecadou e Campos dos Goytacazes foi o que mais recebeu participações governamentais na região no ano passado.

O Anuário traz ainda contribuições internacionais como a análise do economista-chefe da BP, Spencer Dale, sobre ‘O papel do Brasil no mercado internacional de petróleo e no cenário de transição de energia’. Segundo o texto, em 2018, o Brasil foi o 10º maior produtor de petróleo, 2º em biocombustíveis e 7º em geração de energias renováveis.

Em sua quarta edição, o Anuário do Petróleo traz informações qualificadas que permitem às empresas pautar as decisões de investimentos e compor seus planos de negócios. O lançamento aconteceu na última sexta-feira, 08/08, e contou com a participação de dezenas de empresários do mercado e representantes do governo federal e estadual,

Mercado promissor

O Presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira destacou o atual dinamismo do mercado, confirmado pelas informações do anuário. Segundo ele, o Brasil retomou seu lugar de destaque no mundo do petróleo e agora é o momento de as empresas virem para o Rio de Janeiro.

Já o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda, Lucas Tristão, afirmou que o momento é de incentivar e fomentar as potencialidades do estado, como a indústria do petróleo e gás. De acordo com Tristão, os novos investimentos e perspectivas de trabalho já são uma realidade e reflexo da retomada desse mercado.

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, ressaltou a parceria entre as instituições públicas para a abertura do mercado de gás e uma maior participação da iniciativa privada. Ele também confirmou o lançamento do programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres, Reate 2020, ainda este mês.

A gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan e diretora geral da ONIP, Karine Fragoso, destacou que a demanda é colocada pelo mundo e o petróleo ainda é uma demanda global e que o Brasil é privilegiado por ter uma matriz energética tão diversificada.