O Rio passou Minas Gerais, ficando atrás apenas de São Paulo, e foi responsável por U$ 30 bilhões em vendas

O estado do Rio subiu para o segundo lugar no ranking de maiores estados exportadores do país em 2018, de acordo com o Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio, divulgado na terça-feira (05) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O Rio passou Minas Gerais, ficando atrás apenas de São Paulo, e foi responsável por U$ 30 bilhões em vendas, o equivalente a 12,7% do total do Brasil, que comercializou US$ 239 bilhões com o exterior.

Dos principais bens exportados pelo estado do Rio de Janeiro em 2018, o destaque foi para indústria de Petróleo e Gás Natural com US$ 18 bilhões (63%), representando variação de 136% em relação a 2016. Em segundo lugar, ficou Metalurgia, com US$ 3,3 bilhões (11%) e em terceiro Equipamentos de Transporte, exceto veículos automotores (*) com US$ 2,3 bilhões (8%).

“O incremento nas exportações fluminenses já era aguardado pela atual gestão. A indústria do estado tem crescido bem acima da média nacional, alavancada pela indústria extrativista, em especial a produção de óleo e gás. Considerando-se que o petróleo já é o principal produto de exportação brasileiro, certamente o estado do Rio de Janeiro será o fiel da balança comercial brasileira, pois responsável por mais de 70% da produção nacional”,  detalhou o secretário  de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Lucas Tristão.

Segundo ele, ainda há muito espaço para o crescimento. Nos próximos dez anos, a produção deverá ser dobrada, reflexo dos novos leilões que estão ocorrendo e da evolução tecnológica offshore.

“O estado do Rio ficará entre os sete maiores produtores do mundo, o que novamente potencializará o Rio de Janeiro como Estado exportador”, finalizou.

Para o coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Rossi, a boa posição do Rio no ranking é reflexo da melhoria no cenário econômico atual:

“Esse resultado consolida o Rio como um player importante para o Brasil. O estado está em uma posição privilegiada e é vitrine para outros estados. Qualquer melhoria aqui reflete muito bem em todo o país”, afirmou.

O estado do Rio chegou a ficar na quinta posição em 2004 e variava entre a terceira e a quarta colocações por vários anos. Entre as empresas fluminenses participantes da pesquisa e atuantes no comércio exterior, 63% são de micro e pequeno porte, 29 % médio e 9% de grande porte.

Diagnóstico

O Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio traça o perfil das empresas fluminenses que atuam no comércio exterior e elenca os obstáculos internos e externos que afetam o desempenho dessa atividade no estado e no país.

Criado em 2011, o levantamento bienal é elaborado a partir de entrevistas realizadas com as empresas fluminenses exportadoras e importadoras do estado do Rio de janeiro e também a partir das bases de dados de comércio exterior da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), vinculada ao governo federal. O diagnóstico visa colaborar para efetivação de políticas públicas que melhorem o ambiente de negócios das empresas fluminenses, tornando-as mais competitivas no comércio internacional.