Quando candidato, com olhar manso e enternecedor, o cidadão que muitas vezes não sabe o que é “cheiro de povo”, decide ser prefeito ou vereador. Mas diferente de algum tempo passado, em vez de procurar se aliar a alguma liderança política local, conhecidos como “dono do pedaço”, ou melhor, do partido, decide passar por cima, atropelar todos os princípios legais e avança – não se sabe a que custo – até alcançar seu objetivo que é presidir uma comissão provisória de um partido que sofre a intervenção dos que se consideram “donos da legenda”, e a partir daí deixa de existir a sonhada democracia para escolher quem vai ou não ser candidato.

O jogo é pesado, é duro, é traiçoeiro, é o vale tudo que vai decidir o futuro das pessoas que imaginavam ter o poder de escolher seus candidatos prediletos e acaba lidando com a frustração. De forma geral, a legislação estabelece que escolhida a representação municipal, ela deverá promover a filiação partidária daqueles que acreditam no programa do partido para marchar juntos defendendo as causas.

Depois, deve ser promovida a escolha do diretório municipal, composto dos filiados eleitos através de convenção partidária que, ao final, deve em outra convenção escolher democraticamente, dentro da agremiação, aqueles que deverão disputar os cargos eletivos. Mas, esse tempo já passou, não existe mais. É o caso, por exemplo, de Waldemar da Costa Neto, do PP, que mesmo afastado das bases parlamentares, até hoje dá as cartas para o jogo do xadrez político e há mais de 20 anos resolve desta forma. Seu partido não tem nenhum diretório democraticamente eleito nos milhares de municípios brasileiros. Mas, é assim que a banda toca. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Está chegando a hora

O calendário eleitoral estabelecido para ditar as regras das eleições deste ano, alterado após o Congresso Nacional ter atendido a solicitação do TSE e adiado para dia 15 de novembro as eleições em primeiro turno, vem sendo cumprido à risca (?) pelos “partidos” na acepção da palavra. Todos devem ficar de olho porque este sábado (26), é o último dia para os partidos políticos e as coligações apresentarem à Justiça Eleitoral, até às 19h (dezenove horas), o requerimento de registro de seus candidatos.

A partir de domingo (27), será permitida a propaganda eleitoral, inclusive, na internet, e os candidatos, os partidos e as coligações podem fazer funcionar, das 8h (oito horas) às 22h (vinte e duas horas), alto-falantes ou amplificadores de som e, até 12 de novembro, os candidatos, os partidos políticos e as coligações poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8h às 24h. Também até às 22h do dia 14 de novembro, poderá haver distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhadas ou não por carro de som ou minitrio e serão permitidas a divulgação paga na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide. Segunda-feira (28) é o último dia para o tribunal regional eleitoral indicar as emissoras que transmitirão a propaganda eleitoral gratuita dos candidatos de município onde não haja emissora de rádio e de televisão, caso requerido.

A partir daí o bicho pega porque vai ser necessário muita habilidade dos candidatos a vereador e a prefeito para gastar muito dinheiro, queimar sola de sapato e conseguir tornar seu nome conhecido para que os quase 165 mil eleitores macaenses escolham os representantes da próxima legislatura.

PONTADAS

O Secretário de Governo, Leonardo Gomes, utilizou o faceboock para confessar que: “Participei de 3 vitórias para deputado federal e 5 campanhas de Prefeito (2 vitórias e 3 derrotas). Mirian, Fred – Aluízio em 2008 – que pareceu vitória. E há uma fórmula para perder eleição em Macaé: esquecer o povo, se desconectar da comunicação e não ter uma estratégia atual”. Mirian e Fred estão ricos e sumidos. Dr. Aluízio segue o mesmo destino.


A estrada de Santa Teresa que anunciada com pompas deveria ficar pronta em 2018, continua sendo uma pá de cal nas promessas dos governos. A sua descontinuidade – já deveria estar concluída há algum tempo, atrapalha em muito os projetos do Clima, da construção da rodovia Transportuária e do Porto em São José do Barreto. Mais uma obra não realizada colocada na agenda do prefeito Dr. Aluízio que não liga muito para a administração ou deixar algum legado que possa marcar sua gestão.


A sede da 109ª Zona Eleitoral, situada na Rua Visconde de Quissamã, próximo à Praça Washington Luiz, está em reformas, e todo o serviço do cartório foi transferido para as dependências do Fórum, situado na Virgem Santa, onde se concentram todas as varas do poder judiciário. Uma reunião com os representantes dos partidos foi realizada quinta-feira com a Juíza que preside a eleição em Macaé. Agora, todo o cuidado é pouco, para quem não respeita as regras.


Até domingo.