"Não hesitaremos em responsabilizar quem quer que seja, no caso de profissionais da educação que possam vir a ser infectados", afirma a Presidente do Sinpro Macaé e Região, Guilhermina Rocha

Aprovada em plenária online no último sábado (22), professores de Macaé e Região são contra o retorno presencial a partir do dia 14 de setembro

 

Após a Assembleia Geral Virtual que aconteceu no último sábado (22) organizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino de Macaé e Região (Sinpro Macaé e Região), docentes da rede privada se mostram favoráveis à greve, visto que aprovaram a medida estabelecida contra o retorno das aulas presenciais neste momento, que podem acontecer a partir do dia 14 de setembro de acordo com o decreto assinado pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e publicado em edição extra do Diário Oficial.

Para a Presidente do Sinpro Macaé e Região, Guilhermina Rocha, a retomada é precipitada. “Enquanto a pandemia não estiver controlada, segundo os padrões aferidos por entidades sanitárias e científicas como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as universidades públicas como referências, não voltaremos. Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam quase mil mortos pela COVID-19. Estamos longe de ter esta pandemia controlada. Não hesitaremos em responsabilizar quem quer que seja, no caso de profissionais da educação que possam vir a ser infectados”, pontua.

Não concordando com a decisão, durante o encontro virtual ficou acertado que a categoria entrará em greve à medida que for convocada para o retorno das aulas presenciais. Neste sentido, as aulas pelas unidades seguem acontecendo remotamente, conforme decisão do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro (CEE-RJ), respeitando os direitos trabalhistas da classe.

Por essa razão, o sindicato solicitará o pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar sobre a decisão do governador, considerada arriscada. Além disso, o sindicato convoca a categoria a se mobilizar, organizando comitês virtuais nas escolas e debatendo com a comunidade a não aceitar a pressão para o retorno às atividades presenciais. Sendo assim, para fomentar a discussão, acontecerá uma campanha de mobilização virtual tendo em vista de que não há segurança para a retomada, já que a pandemia ainda não está mitigada e, pelo fato, de dados técnicos e científicos mostrarem a possibilidade de novo crescimento de contágios e óbitos.