Coronavírus se espalha nos campos de petróleo do Brasil e cinco grandes operadoras offshore já registram casos

Pelo menos cinco grandes companhias de petróleo e gás registraram casos da Covid-19 em alguma de suas unidades offshore no Brasil

A norueguesa Equinor e a empresa anglo-francesa Perenco estão entre pelo menos cinco grandes produtores de petróleo que registraram casos de coronavírus entre funcionários ou contratados em instalações offshore no Brasil, de acordo com a Reuters. A Shell, Enauta e Petrobras completam a lista.

Na maioria das outras nações, os surtos foram contidos em um punhado de plataformas. A Associação Nacional das Indústrias Oceânicas do grupo norte-americano disse ter registrado apenas 99 casos de coronavírus entre trabalhadores offshore nos Estados Unidos, segundo dados compartilhados com a Reuters na semana passada.

No Brasil, que na semana passada se tornou o país com o segundo maior número de casos de coronavírus depois dos Estados Unidos, esse número é significativamente maior.

A ANP, agência reguladora de petróleo, registrou 544 casos ativos de coronavírus na última quinta-feira (21) entre os trabalhadores que acessaram instalações offshore. Esse número não inclui os trabalhadores que se recuperaram e o número total de infectados permanece um mistério.

Casos confirmados entre grandes operadoras de petróleo e gás no Brasil
A Equinor registrou aproximadamente 60 casos na semana passada, principalmente em seu campo de Peregrino, de acordo com fontes. A Perenco registrou aproximadamente 40 em seu campo de Pargo, enquanto a Shell e Enauta informaram o registro de apenas um caso cada.

Em comunicado à Reuters, a Equinor reconheceu que havia registrado casos, mas não forneceu detalhes de quantos. Perenco se recusou a confirmar ou negar que algum funcionário havia sido infectado pela Covid-19.

A Petrobras registrou mais de 300 casos entre trabalhadores offshore, incluindo contratados, disse uma fonte do governo. A estatal reconheceu as infecções e disse que, no sábado (23), tinha 181 casos ativos entre todos os 46.416 funcionários, mas esse número não inclui contratados ou funcionários que se recuperaram.

Entre algumas medidas de segurança adotadas, as empresas de petróleo enfatizaram seu compromisso com a proteção dos trabalhadores e realização de testes em larga escala.