Entorno regional é prioritário, diz Bolsonaro em reunião do Mercosul

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Reprodução Twitter Oficial del MERCOSUR

Brasil tem tido papel ativo na mitigação de choques externos na região

Em vídeo enviado à 60ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul , que ocorreu hoje (21), no Paraguai, o presidente da República Jair Bolsonaro declarou que o Brasil tem atuado para que o bloco sul-americano tenha um “papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos.”

Referindo-se à alta inflacionária global em consequência dos reflexos da pandemia da covid-19 e da invasão russa à Ucrânia, Bolsonaro disse que o mundo vive “um momento desafiador” e, portanto, “precisa de mais comércio e investimentos.”

“Por isso, ao longo do último semestre, trabalhamos com afinco para a conclusão de acordo moderno com Singapura”, disse o presidente brasileiro, referindo-se a uma das iniciativas anunciadas durante a cúpula: a conclusão das negociações para a assinatura de um acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e Singapura , no sudeste asiático.

O Brasil também apoiou outra das iniciativas aprovadas ontem (20), durante a reunião ordinária do Conselho do Mercado Comum, evento que precedeu a Cúpula de Chefes de Estado: um acordo para reduzir em 10% a alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) , tributo que, salvo exceções acordadas, incide sobre mercadores importadas de outras nações de fora do bloco sul-americano e varia conforme o produto.

“O Brasil tem atuado para que o Mercosul tenha papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos. Por isso, defendemos a redução da Tarifa Externa Comum, o que dará uma importante contribuição ao combate à inflação [regional]”, comentou Bolsonaro antes de assegurar que o Brasil tem conferido prioridade às negociações com grandes parceiros comerciais do Mercosul e região.

“Nosso entorno regional é prioritário. Ainda mais no atual cenário. Precisamos continuar ampliando nossos fluxos de comércio e de investimentos na América Latina e Caribe, fortalecendo as cadeias regionais de valor e reduzindo nossas vulnerabilidades externas a crises”, acrescentou o presidente, que finalizou o vídeo parabenizando o Paraguai pelos resultados alcançados durante os seis meses em que o país ocupou a presidência rotativa do bloco sul-americano – posição que, pelos próximos seis meses, será ocupada pelo Uruguai.

Por Portal Novo Norte

Projeto proíbe comercialização de alimentos em formato de órgãos sexuais

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Pastor Gil: precisamos proteger nossas crianças - (Foto: Najara Araújo)

Pastor Gil: precisamos proteger nossas crianças

O Projeto de Lei 1347/22 proíbe a comercialização de produtos alimentícios em formato de órgãos sexuais humanos em estabelecimentos comerciais de acesso público nos quais não haja restrição de idade. O infrator estará sujeito a advertência, suspensão das atividades e multa diária de R$ 500. As penalidades poderão se acumular em caso de reincidência.

A proposta, do deputado Pastor Gil (PL-MA), tramita na Câmara dos Deputados. “O objetivo é proteger, sobretudo, nossas crianças e nossos adolescentes. Não é somente dever da família se atentar a essa proteção, mas da sociedade”, afirma o parlamentar.

Ainda segundo o projeto, os valores arrecadados com as multas eventualmente aplicadas serão destinados a políticas públicas de proteção da criança e do adolescente, definidas pelo Poder Executivo.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Por Portal Novo Norte

Decisão absurda de Moraes beneficia a esquerda, ataca a liberdade de expressão e proíbe relacionar o PT à organização criminosa PCC

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Veículos, políticos e perfis que descumprirem a ordem podem ser multados em até R$ 15.000,00 por dia

Em mais uma decisão absurda, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral, surpreendeu e determinou nesta segunda-feira (18) a imediata remoção de matérias jornalísticas e postagens em redes sociais que denunciam o alegado envolvimento do PT com a facção criminosa PCC e com o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

O não cumprimento da ordem por parte dos requeridos está sujeito à cobrança de multa diária no valor de R$ 10.000,00. Moraes considerou os conteúdos como “propaganda negativa irregular” e disse que “liberdade de expressão não é liberdade de ataque”.

A relação entre PT e PCC foi denunciada pelo empresário Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, que teve sua delação premiada vazada pela revista Veja.

Além de determinar que conteúdos sejam imediatamente deletados, Moraes também censurou os perfis, canais e veículos, impedindo-lhes de fazer novas publicações sobre o assunto sob ameaça de multa diária de R$ 15.000,00.

Uma das requeridas no processo movido pelo PT, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) classificou a decisão como “mais um ato de autoritarismo e censura por parte do Alexandre de Moraes” e disse que a decisão reforça sua vontade de disputar a vaga de senadora por São Paulo. “Como escrevi hoje, depois de ver mais um ato de autoritarismo e censura por parte do Alexandre de Moraes, a vontade é sim vir a Senado, mas como postei ontem, preciso estar aonde ajudo mais o Presidente e acredito que ele deva decidir, até com a ajuda de pesquisas como esta”, tuitou Zambelli.

decisão é liminar e deve ser submetida ao Plenário do TSE.

Por Portal Novo Norte

Cesinha quer garantir “Primeiro Emprego” para mais jovens macaenses

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Foto: Divulgação

O novo ciclo de oportunidades já registrado por Macaé nos últimos dois anos, a partir de investimentos que consolidam empreendimentos ligados a cadeia produtiva de óleo, gás e energia, passa a contar também como uma importante contribuição da Câmara de Vereadores que estabelece como prioridade a geração de empregos, ao rediscutir legislações que criam incentivos para a instalação e permanência de empresas nacionais e internacionais.

Porta-voz desta iniciativa do Legislativo em estabelecer com o Executivo um programa de trabalho dedicado a elevar o potencial do ambiente favorável de negócios do município, o presidente da Câmara, Cesinha (PROS), apresenta como “pauta central” a revisão da Lei Municipal 4.328 sancionada pelo governo municipal em 2017.

Conhecida como a Lei do Primeiro Emprego, a legislação estabelece a redução tributária do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para empresas que garantam oportunidades de trabalho para profissionais que ingressam no mercado formal.

A proposta de Cesinha, já apresentada ao Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna, é ampliar o alcance dos incentivos tributários propostos pela Lei também para as companhias que realizam operações ligadas ao mercado offshore, segmento líder na geração das mais de 12 mil vagas criadas por Macaé no ano passado.

“O Legislativo quer fazer a sua parte e contribuir com as transformações necessárias para que a nossa população tenha, de fato, a oportunidade de participar deste novo ciclo de prosperidade já iniciado por Macaé. E o Primeiro Emprego é um passo fundamental para que mais pessoas tenham verdadeira qualidade de vida”, destacou Cesinha.

Através da proposta do presidente da Câmara, o governo é convocado a fazer o “dever de casa” e identificar no texto original da Lei do Primeiro Emprego artigos que possam ampliar o alcance social proposto pela Legislação.

“É papel da Câmara discutir e propor soluções necessárias a realidade da população. E o emprego é, sem dúvidas, a principal ferramenta de transformação social, oferecendo especialmente aos nossos jovens uma oportunidade para construir suas vidas”, afirmou Cesinha.

Decisão absurda de Moraes beneficia a esquerda, ataca a liberdade de expressão e proíbe relacionar o PT à organização criminosa PCC

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Foto: Divulgação

Veículos, políticos e perfis que descumprirem a ordem podem ser multados em até R$ 15.000,00 por dia

Em mais uma decisão absurda, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral, surpreendeu e determinou nesta segunda-feira (18) a imediata remoção de matérias jornalísticas e postagens em redes sociais que denunciam o alegado envolvimento do PT com a facção criminosa PCC e com o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

O não cumprimento da ordem por parte dos requeridos está sujeito à cobrança de multa diária no valor de R$ 10.000,00. Moraes considerou os conteúdos como “propaganda negativa irregular” e disse que “liberdade de expressão não é liberdade de ataque”.

A relação entre PT e PCC foi denunciada pelo empresário Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, que teve sua delação premiada vazada pela revista Veja.

Além de determinar que conteúdos sejam imediatamente deletados, Moraes também censurou os perfis, canais e veículos, impedindo-lhes de fazer novas publicações sobre o assunto sob ameaça de multa diária de R$ 15.000,00.

Uma das requeridas no processo movido pelo PT, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) classificou a decisão como “mais um ato de autoritarismo e censura por parte do Alexandre de Moraes” e disse que a decisão reforça sua vontade de disputar a vaga de senadora por São Paulo. “Como escrevi hoje, depois de ver mais um ato de autoritarismo e censura por parte do Alexandre de Moraes, a vontade é sim vir a Senado, mas como postei ontem, preciso estar aonde ajudo mais o Presidente e acredito que ele deva decidir, até com a ajuda de pesquisas como esta”, tuitou Zambelli.

decisão é liminar e deve ser submetida ao Plenário do TSE.

Por Portal Novo Norte

Veja o vídeo: Bolsonaro fala com embaixadores do mundo todo sobre o sistema eleitoral brasileiro

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Presidente crê em inflação menor em 2023

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Bolsonaro foi ao Congresso para promulgação de PEC 

O presidente Jair Bolsonaro esteve no Congresso Nacional no fim da tarde de hoje (14) para participar da sessão de promulgação da emenda à Constituição que prevê a criação de um estado de emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano . Em seu discurso, Bolsonaro disse acreditar na redução da inflação, até mesmo em queda de preços, a partir do próximo ano.

“Juntamente com o parlamento, tomamos medidas de modo que fosse criado um teto de ICMS nos estados para os [produtos considerados] essenciais. Isso se fará pesar para uma inflação bem menor no próximo ano, ousando dizer que poderemos ter, inclusive, deflação. É o Brasil voltando à normalidade que se caracterizou no período pré-pandemia”, disse o presidente. Deflação é quando, ao contrário da inflação, os preços passam a cair”, disse o presidente.

Bolsonaro citou o aumento dos combustíveis e dos gêneros alimentícios como um dos principais aumentos sentidos no país. O presidente se referiu ao parlamento como um parceiro do Poder Executivo, citando medidas como a aprovação do projeto que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, aprovada no Congresso em junho.

Jair Bolsonaro caminhou a pé do Palácio do Planalto até o plenário do Senado, por volta das 18h, para participar pessoalmente da sessão de promulgação das emendas constitucionais. Antes de seguir para o plenário, passou alguns minutos na sala da Presidência do Senado, onde conversou a portas fechadas com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em seguida, foi acompanhado por Pacheco ao plenário. Bolsonaro cumprimentou os presentes e sentou-se ao lado do presidente do Congresso na mesa.

A cerimônia marcou o último dia de atividades no Congresso antes do seu recesso. Deputados e senadores interrompem oficialmente suas atividades em Brasília a partir do dia 18 e retornam no dia 1º de agosto.

Por Portal Novo Norte

Polícia Civil descarta motivação política em crime que matou petista em Foz do Iguaçu

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Foto: Divulgação

Segundo os investigadores, o crime foi praticado por motivo torpe e colocou em risco a vida de outras pessoas

A Polícia Civil do Paraná irá indiciar o agente penal Jorge José da Rocha Guaranho, autor dos disparos que tiraram a vida do guarda municipal Marcelo Aloizio da Rocha, por homicídio duplamente qualificado. 

Segundo os investigadores, o crime foi praticado por motivo torpe e colocou em risco a vida de outras pessoas. Desta forma, fica descartada a motivação política no crime. 

Segundo a delegada responsável pelo caso, não estão presentes os requisitos para se configurar um crime político ou crime de ódio. As informações foram dadas pela corporação em uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (15). 

Guaranho ainda está internado em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos. A Justiça negou um pedido de imposiçào de sigilo no processo.

Conforme apurado no inquérito, Guaranho foi até o local da festa com temática do PT para “provocar” os participantes. No local, o policial penal gritou “Aqui é Bolsonaro” e foi atingido com pedras pelo dono da festa, o petista Marcelo Arruda. Guaranho teria se sentido humilhado pelo fato de terem sido atingidos sua esposa e sua filha de colo. Assim, voltou ao local minutos depois e cometeu o crime.

Por Portal Novo Norte

As três sugestões dos militares consideradas essenciais para as Eleições de 2022

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Foto: Divulgação

Propostas foram discutidas durante audiência pública no Senado

O Ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, afirmou que militares consideram “essenciais” três das 15 propostas que as Forças Armadas já apresentaram à Comissão de Transparência das Eleições, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Há três propostas que consideramos importantes e que, se acolhidas – e ainda há tempo para acolhê-las [para as eleições deste ano] – resolveriam muita coisa”, declarou Nogueira ao participar, hoje (14), de uma audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.

As sugestões apresentadas a pretexto de “aprimorar o processo eleitoral” pedem que o teste de integridade a que as urnas eletrônicas são submetidas reproduzam as mesmas condições do dia da votação, incluindo o uso da identificação biométrica de eleitores. “Isto reduziria a possibilidade de um código malicioso [malware] furtar-se ao teste”, justificou Nogueira.

Os militares também propõem que urnas eletrônicas que a Justiça Eleitoral adquiriu a partir de 2020 sejam submetidos ao Teste Público de Segurança. De acordo com o ministro, a estimativa é que cerca de 39% dos equipamentos que serão empregados nas eleições deste ano estejam entre elas.

“Salvo melhor juízo, não foi feito teste público de segurança nestas [novas] urnas. A justificativa do tribunal é que essas são urnas altamente tecnológicas, com sistema criptográfico de altíssima geração e que não haveria necessidade do teste”, disse Nogueira, acrescentando que a medida reduziria eventuais dúvidas quanto à integridade dos equipamentos.

Também classificada por Nogueira como uma “consideração”, a terceira das propostas é para que o TSE torne efetiva a participação das “entidades fiscalizadoras” em todas as oito fases do processo eleitoral.

“São três propostas que entendemos como essenciais e concitamos [estimulamos] para que possamos conversar sobre elas”, incitou o ministro ao afirmar que a adoção das medidas minimizaria “toda a pressão, toda a discussão” técnica e política em torno da segurança do sistema eleitoral. “Apresentamos propostas plausíveis e exequíveis que não tem nada de outro mundo”.

Consultado pelaAgência Brasilpara que se manifestasse sobre as sugestões, o Tribunal Superior Eleitoral ainda não se pronunciou sobre o assunto. O presidente da Corte, ministro Edson Fachin, foi convidado pela Comissão de Fiscalização e Controle a participar da audiência pública, mas afirmou já ter outros compromissos agendados para a mesma data.

Em maio deste ano, representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Congresso Nacional e do Tribunal de Contas da União (TCU), além de membros das áreas acadêmica e científica que participaram do Teste Público de Segurança assinaram um relatório que aponta que o sistema eleitoral eletrônico é “íntegro e seguro”, mesmo que “apresentando espaços para melhoria nos quesitos relativos à qualidade do projeto e à dependência dos mecanismos de segurança externos”.

Ontem (13), o Tribunal de Contas da União (TCU) tornou público o resultado de uma auditoria que apontou não haver “ riscos relevantes à realização das eleições de 2022” no Brasil. A auditoria, contudo, “ainda terá continuidade com a avaliação de requisitos de auditabilidade dos procedimentos estabelecidos pelo TSE”.

Técnico

Convidado a acompanhar o ministro da Defesa ao Senado e fazer uma exposição técnica durante a audiência pública, o coronel Marcelo Nogueira de Souza, do Exército, elogiou as medidas de segurança eletrônica que o TSE vem implementando ao longo dos anos, mas não descartou “algumas ameaças” ao sistema.

“Reconhecemos que houve um avanço incrível na segurança da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação, mas também que estas contribuições foram feitas muito em [função de] uma [possível] ameaça externa”, comentou o coronel, pontuando que as informações que o TSE forneceu aos militares convidados a integrar a Comissão de Transparência das Eleições foram insuficientes para avaliar o real potencial risco de os equipamentos sofrerem com o que ele classificou como “ameaças internas”.

“Em relação a ameaças externas, há sim um grande nível de proteção. A urna não se conecta à internet e não tem outras ligações [em rede]. Já em relação a ameaças internas, não temos disponível, até o momento, a documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva […] Mas, enquanto ameaça, como uma vulnerabilidade, é sim possível a inserção de um código malicioso que fique lá, latente, esperando algum tipo de acionamento e que se furte aos testes”, acrescentou Souza.

Para o militar, que é graduado em Engenharia de Telecomunicações e possui mestrado em Engenharia Elétrica, umas das fragilidades do sistema reside no fato de que, segundo o próprio TSE, cerca de 10% das urnas costumam apresentar problemas no dia da eleição e, por isso, precisam ser substituídas. De acordo com Souza, as urnas reservas não passam pelos testes de integridade, mas são colocadas em uso conforme a necessidade.

“É possível que um código malicioso esteja instalado nas urnas reservas”, disse Souza. “Por esta e outras possibilidades de uso de malware por agente interno, propomos uma pequena alteração no que já está estabelecido. Coerente com uma resolução do próprio TSE, que prevê a realização do teste das urnas em condições reais de uso, [sugerimos] que [algumas] urnas sejam escolhidas para que, em vez de serem levadas para a sede dos TREs [Tribunais Regionais Eleitorais], seriam colocadas em paralelo na [própria] sessão eleitoral, onde haveria [seria usada por] eleitores com biometria. O eleitor votaria e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para o teste da urna, gerando um fluxo de registro na urna teste similar ao das urnas originais. Após isto, os servidores fariam a votação em cédula de papel que seria conferida com o boletim de urna. A escolha aleatória das urnas [testes]modificaria pequenos procedimentos já estabelecido, mas traria um grau de segurança maior em relação à possível ameaças”, finalizou o coronel.

Por Portal Novo Norte

Girão defende ‘entendimento’ entre TSE e Ministério da Defesa sobre segurança das urnas

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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse nesta quinta-feira (14) que vai propor “um entendimento” entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse nesta quinta-feira (14) que vai propor “um entendimento” entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério da Defesa sobre sugestões apresentadas pelos militares acerca da segurança das urnas eletrônicas. O parlamentar presidiu uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC).

— Esse entendimento é plenamente viável. São três pontos apenas que nos separam de um acordo, de algo que possa leva a essa tranquilidade que precisamos — afirmou.

A audiência pública contou com a presença do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Ele disse que as Forças Armadas atuam como “colaboradores do processo eleitoral” e realiza um “trabalho eminentemente técnico, sem viés político”. Segundo o militar, de 15 sugestões apresentadas pela pasta ao TSE, seis foram acolhidas total ou parcialmente, duas serão adotadas em eleições futuras e sete foram rejeitadas. O general defendeu a adoção de três medidas não atendidas:

  • Teste de integridade das urnas nas mesmas condições da votação, inclusive com a utilização da biometria do próprio eleitor;
  • Teste público de segurança em um novo lote de urnas eletrônicas, que representam 39% do total de máquinas usadas pela Justiça Eleitoral; e
  • Acesso do TSE para que entidade promovam fiscalização e auditoria em todas as fases do processo eleitoral.

O ministro negou que a pasta tenha a intenção de revisar ou interferir no resultado das eleições presidenciais de outubro.

— O que a gente deseja neste momento é paz social. Um momento muito sensível, uma polarização muito grande. Todos temos que estar juntos e unidos para que tenhamos transparência e confiabilidade para uma eleição tranquila. Em absoluto, jamais, em tempo algum, seremos revisores de eleições. Tudo o que diz respeito às Forças Armadas normalmente aparece mais. Aí, dá a impressão de que a gente é o protagonista. O protagonista é o TSE. O protagonista é o povo brasileiro — afirmou.

A audiência pública contou com a presença do coronel Marcelo Nogueira de Souza, que chefia uma equipe técnica do Ministério da Defesa designada para acompanhar as eleições deste ano. O militar admite que as urnas eletrônicas apresentaram “um avanço incrível” nos últimos anos. Mas disse que a possibilidade de fraude promovida por “agentes internos” não está descartada.

— A gente reconhece que houve um avanço incrível na segurança da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação, mas essa evolução foi feita muito baseada numa ameaça externa ao perímetro de segurança de desenvolvimento. No que tange à vulnerabilidade interna, a gente não tem documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva de que a solução é segura. É possível que um código malicioso tenha, sim, sido inserido na urna e fique lá latente esperando algum tipo de acionamento — disse.

Cautela

O representante da Transparência Internacional Brasil, Michael de Freitas Mohallem, defendeu cautela na alteração de regras a menos de 80 dias do pleito. Ele criticou o “protagonismo” das Forças Armadas no debate sobre o processo eleitoral.

— Entre as inúmeras atribuições das Forças Armadas, não há competências explícitas para assumir papel de protagonista do debate sobre reformas eleitorais, muito menos de revisor dos resultados da eleição. Me parece importante que as Forças Armados assumam um espaço proporcional e adequado às suas competências e se ausente dessa participação protagonista do debate nacional. Talvez essa confusão venha acontecendo — afirmou.

A audiência pública contou ainda com a participação do deputado Filipe Barros (PL-PR), relator da proposta de emenda à Constituição do voto auditável (PEC 135/2019). A matéria foi rejeitada pela Câmara e arquivada em agosto do ano passado. Para o parlamentar, há “um consenso científico” de que as urnas eletrônicas usadas pela Justiça Eleitoral “são ultrapassadas e vulneráveis”.

— O sistema hoje depende 100% de uma fé cega naqueles que estão dentro do TSE. Não é qualquer falta de respeito eu dizer que a democracia se constrói na desconfiança. Não sou obrigado a confiar nos técnicos do TSE. Não sou obrigado a confiar que o voto será registrado, apurado e totalizado corretamente por pessoas que não sei nem quem são. Eu, como eleitor, titular do meu voto, tenho direito de saber se meu voto foi registrado, apurado e totalizado corretamente — afirmou.

Repercussão

O senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu a possibilidade de impressão do voto.

— Sempre que se vai debater, alguém diz: “querem voltar ao voto impresso e em cédula. Querem fazer a contagem manual dos votos”. Eu tenho insistido sempre nisso: é a auditabilidade do voto. Ou seja: a possibilidade de auditar se o voto computado eletronicamente e totalizado eletronicamente corresponde materialmente ao voto impresso. É isso que nos falta — ponderou.

O senador Eduardo Girão reconhece que o uso das urnas eletrônicas é “um assunto espinhoso”. Para o parlamentar, o sistema eleitoral brasileiro precisa ser e parecer isento para assegurar legitimidade ao resultado.

— Reza a tradição que não basta a rainha ser honesta. Ela tem que parecer honesta. Acredito que isso se aplica muito bem ao processo eleitoral. Ele precisa estar livre de todo e qualquer resquício de suspeita. Os sinais são inequívocos de que este pleito deverá ser um dos mais polarizados da história recente. Diante do atual acirramento politico que assola o Brasil, nunca foi tão imprescindível que o processo eleitoral esteja afastado de toda e qualquer desconfiança — afirmou.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a ausência de representantes do TSE, que foram convidados, mas não compareceram ao debate. Para o parlamentar, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso — respectivamente presidente, vice-presidente e ex-presidente do TSE — promovem “ativismo judicial” e devem sofrer processos de impeachment. 

— Eles têm que entender que no Senado nem todos estão calados. Reclamamos sempre desse desrespeito, dessa intromissão e dessa usurpação que fazem. Porque os ministros são usurpadores. Entram no Legislativo como se fossem. A gente vive insistindo: esse pessoal pensa que é semideus e mora no Olimpo. Mas não moram. Com esse desrespeito constante e cristalino que eles demonstram, já têm mil motivos e dezenas de pedidos para “impinchar” esses ministros. Temos que enfrentar o STF e acabar com isso enquanto é tempo — afirmou.

Por Portal Novo Norte