Islay Pereira Souza (à esq.) é condenada a 20 anos de prisão em regime fechado, por matar a empresária Raquel Mello Mota

Após 12 horas de julgamento, o juiz da Vara Criminal do Fórum da Comarca de Macaé, considerou Islay Cristina Pereira Souza culpada pelo crime

Islay Cristina Pereira Souza foi condenada no fim da noite da última quarta-feira (26), a 20 anos de prisão pelo assassinato da empresária Raquel Mello Mota, de 39 anos, morta com golpes de estilete durante uma briga de trânsito, em novembro do ano passado.

O júri popular aconteceu desde as primeiras horas da manhã de quarta-feira (26), e teve encerramento no fim da noite, por volta das 23h, quando o juiz da 1ª Vara Criminal de Macaé, Wiclyffe de Mello Couto condenou Islay Cristina por homicídio qualificado por motivo fútil e vai cumprir a pena em regime fechado.

Na sentença, o juiz reforçou que a condenada, que é natural de Fortaleza, no Ceará, tem antecedentes de violência e não vai poder recorrer em liberdade porque oferece riscos à sociedade.

Durante o julgamento, o viúvo da empresária disse que perdoa Islay Cristina. Eles se abraçaram durante o júri popular e a ré pediu perdão. “O primeiro passo para você viver bem é isso, é você perdoar. Só que perdoar não quer dizer esquecer o que ela fez. Ela vai pagar pelo que fez, mas a minha parte eu fiz, perdoar”, disse Vanderson Fernandes, ressaltando: “A Islay estava dirigindo o carro e fechou a minha esposa avançando o sinal. A Raquel buzinou. Ela começou a xingar a minha esposa e encostou no carro. Ela estava com mais duas pessoas no veículo e já saiu com a faca na mão”, relembrou.

O Ministério Público, a defesa e a acusação da ré, além do corpo de jurados, que é formado por sete pessoas, participaram do julgamento.

Júri popular

Durante o julgamento, as testemunhas de acusação foram ouvidas e descreveram o crime cometido pela Islay, em frente ao portão do condomínio, na Barra de Macaé. O juiz da Vara Criminal também ouviu cinco testemunhas a favor da ré. Em seguida, Islay foi interrogada, e contou a sua versão, quando houve manifestação e vaias dentro do plenário, chegando a ser interrompido por diversas vezes pelo juiz.

Segundo os participantes, em todos os momentos a acusada manteve-se nervosa e chorava o tempo todo.

Logo após, os dois peritos que fizeram a reconstituição no dia do crime foram interrogados pelo juiz, onde descreveram o laudo da perícia, informando que Raquel foi vítima de um crime fútil e foi morta com três golpes de estilete que acabou acertando o tórax e o pulmão, morrendo poucos minutos após dar entrada na unidade de saúde.

No início da noite de quarta-feira (26), o plenário continuava lotado, com muitas pessoas acompanhando em pé o julgamento. A audiência reiniciou por volta das 18h, com debate de cinco horas.