Ação aconteceu com apoio da Polícia Militar, quando foram demolidas 15 casas em área ambiental no Parque Nacional Restinga de Jurubatiba

Ao todo, 15 residências foram demolidas na manhã de quarta-feira (5), e a previsão é que mais moradias sejam removidas, de acordo com a prefeitura. A área que havia sido dominada por facções criminosas foi ocupada por Forças de Segurança.

Alguns imóveis estavam vazios e a ação vem sendo realizada desde dezembro do ano passado, quando os moradores foram retirados, por se tratar de uma área de preservação ambiental. Eles foram realocados para o Conjunto Habitacional Prefeito Carlos Emir, no bairro Bosque Azul.

As construções foram erguidas na zona de amortecimento do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. O local é de preservação ambiental e corresponde a uma área de 40 hectares, ou seja, cerca de 40 campos de futebol.

“Vamos parar quando estiver tudo a contento. Estamos aqui com muita cautela, pois há muitas famílias”, afirmou a secretária de Habitação, Tânia Jardim que, junto com a Polícia Militar e Civil, garantiu a segurança de moradores e as equipes envolvidas em todo trabalho e explica que a recomendação é para que o morador faça o cadastro na escola municipal do bairro Lagomar para entrar no programa de moradia popular.

“Teremos que pedir a reintegração de posse no caso dos que insistirem em ficar”, finalizou.

Objetivo das demolições é contribuir para a preservação da área, evitando ainda novas ocupações no local

A demolição das casas é uma determinação do Ministério Público e também uma medida de segurança. Dezenas de homens da secretaria de Obras atuaram nas demolições, além dos agentes sociais, Guarda Municipal e Polícia Militar. O entulho foi removido para o aterro sanitário de Macaé.

Na área onde ocorreram as demolições foram registrados os confrontos entre facções criminosas rivais pela disputa do ponto de venda de drogas e também com a Polícia Militar na tentativa de reprimir o crime.

Após a desapropriação, feita com a determinação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a suspeita é que traficantes invadiram as casas, fazendo delas pontos usados pelo tráfico de drogas.