Franscisco Navega, presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Luís Henrique Fragoso Ferretti, presidente da Câmara de Digirigentes e Lojistas (CDL), Dr. Sávio Mussi, médico e diretor do Hospital São João Batista e, Gualter Scheles Júnior, advogado, defendem a reabertura do comércio macaense

A retomada das atividades do comércio foi tema da discussão na última quarta-feira (08)

Estiveram num programa de rádio local na manhã da última quarta-feira (08), Francisco Navega, presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Luís Henrique Fragoso Ferretti, presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), Dr. Sávio Mussi, médico e diretor do Hospital São João Batista, e, Gualter Scheles Júnior, advogado, para discutir sobre a reabertura do comércio macaense.

Segundo Francisco Navega, chegamos num momento de reflexão onde vemos a urgência sobre o diálogo na sociedade, visto que todo extremismo, seja de ambos os lados, já ceifou muitas vidas no mundo. “Desde o nosso primeiro encontro, estamos tentando buscar soluções por meio do diálogo e já passou do momento de termos esse diálogo de forma mais ampla e responsável por todos os setores da cidade”, pontua.
Navega ressalta que desde sempre a ACIM e a CDL se colocaram à disposição da estrutura da prefeitura e cumpriram com tudo o que foi solicitado pela mesma, mas chegou um momento em que a situação se encontra complicada. “Uma visão única hoje, é uma visão extremamente distorcida sobre o que está acontecendo. Os últimos dados do CAJED apontam Macaé com quase 10% de todas as perdas de carteiras assinadas do estado, o que é muito grave, já que nos atingiu a crise do petróleo, junto da crise do COVID-19, o que muito me preocupa pós-pandemia”, conclui.

De acordo com o presidente da ACIM, é preciso se ter cuidado com as micro e pequenas empresas do município, já que representam 60% das carteiras assinadas e, declarou ainda que é preciso um pouco mais de “trânsito” dentro da prefeitura em prol de mais discussão. “Os comerciantes e comerciários já estão sendo testados, dentro dos protocolos de saúde e, como evoluímos, estamos preparados para esse momento”, disse.
Para Luís Henrique Ferretti, é importante salientar as boas notícias, já que se tem observado a maturidade dos lojistas. “Hoje nós temos a certeza que não dá mais, bem como disse o Navega. Não tem mais aonde se segurar para evitar que o comércio volte a funcionar por varias situações, como perda de espaço para as cidades vizinhas”, revela.

O presidente da CDL elogia o trabalho realizado pelo chefe do executivo em prol da proteção da população, o comércio e a cidade em si, diante do vírus, entretanto, alega ter chegado a hora da flexibilização.
Além disso, Ferretti mencionou o fato da não existência de um gabinete para soluções, mas destacou que, apesar disso, conseguiram manter um relacionamento com o poder público, apresentando plano de flexibilidade que, parcialmente foi cumprido. “Chegou o momento e, os lojistas estão organizados e cientes de suas responsabilidades. Por isso, que fique aqui um pedido ao poder público para que reanalise e que veja a possibilidade de retorno do comércio”, esclarece.

Dr. Sávio Mussi destaca que mais importante que pensar em abrir e fechar comércio, é trabalhar num processo de educação comunitária. “Não podemos imaginar que o comércio e as suas atividades sejam responsáveis pelo comportamento pouco adequado de algumas pessoas quanto às medidas de prevenção. O isolamento social é a medida científica que mais se mostrou eficiente para não haver uma explosão de casos, mas temos atividades comerciais que podem acontecer sem se tornarem culpadas pela aglomeração, só precisamos de organização, planejamento, comunicação com a população, das autoridades aqui representadas, do poder público e dos meios de comunicação”, finaliza.