ACIM e Abespetro destacam potencial da Bacia de Campos

A transição dos processos de produção de óleo bruto e gás natural na Bacia de Campos, com base no Plano de Negócios já anunciado pela Petrobras, revela oportunidades significativas de negócios para as empresas locais, que representam a base da cadeia produtiva offshore regional. Essa perspectiva foi reforçada nesta terça-feira (11), em reunião promovida entre a ACIM e a Abespetro, com a participação de representantes das demais instituições que também compõem o Repensar Macaé.

A restruturação dos sistemas de produção instalados na Bacia de Campos pode gerar, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), cerca de R$ 8 bilhões em contratação de serviços e equipamentos, assim como de empresas que possuem mão de obra especializada, o que deve impulsionar também a geração de empregos.

O descomissionamento representa a modernização dos sistemas de produção mantidos pela Petrobras na Bacia de Campos, o que representa a elevação da capacidade de extração de óleo com mais segurança.

Outra estratégia adotada pela estatal que reforça o potencial da Bacia de Campos é a previsão de R$ 19 bilhões para elevar a capacidade de extração de óleo de poços em atividade. Essa quantia garantirá mais petróleo dos campos maduros até 2025.

Segundo os gráficos da Abespetro, hoje 14% do óleo localizado nos poços são extraídos. Com a revitalização dos sistemas de produção, esse percentual pode chegar a 23%. A média mundial é de 35%, o que garantiu a sobrevida do mercado offshore em diversos países, como a Noruega.

“O potencial de produção a partir da revitalização dos campos maduros é a garantia de mais quatro décadas de crescimento das atividades offshore em nossa região. Quem sinaliza isso é a própria indústria, que confia na experiência das empresas situadas em Macaé para viabilizar essa excelente estratégia”, afirma o presidente da ACIM, Francisco Navega.

De acordo com a Abespetro, o Brasil tem capacidade de atrair mais investimentos para elevar a produção de óleo e gás, o que depende da flexibilização das regras abrindo o mercado para outras gigantes petrolíferas do mundo.