Durante a feira foi montada uma escola móvel, onde ocorreram demonstrações de solda

Para a Firjan, este cenário deverá trazer uma estrutura de preços mais competitiva no país

Em todo o Brasil, a abertura do mercado de gás natural tem o potencial de destravar e atrair novos investimentos na ordem de R$ 240 bilhões. Esse foi um dos principais temas discutidos durante a Brasil Offshore 2019. O encontro da indústria de petróleo e gás brasileiro aconteceu em Macaé, base para operação da Bacia de Campos, entre os dias 25 e 28 de junho. O tema também foi abordado durante a reunião da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e Energias Renováveis, que ocorreu na Arena ONIP, no penúltimo dia do evento. O encontro contou com a presença de instituições ligadas ao mercado de petróleo e gás, prefeitos da região e do deputado federal Christino Áureo, presidente da Frente.

“Essa é uma das nossas principais pautas. Um mercado de gás mais competitivo não é só bom para o mercado, significa mais industrialização, inclusive para o Norte Fluminense”, disse ele.

No último dia 25, uma série de medidas aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para abertura do mercado de gás natural no Brasil deve promover mais concorrência e trazer benefícios para a indústria. As medidas são focadas no acesso às infraestruturas essenciais (escoamento, importação, tratamento e transporte), criação dos mercados livres estaduais e soluções para questões tributárias.

Para a Firjan, este cenário deverá trazer uma estrutura de preços mais competitiva, como consequência de uma maior atração de agentes, além de novos investimentos, contribuindo para a retomada econômica do país e do estado do Rio, por meio da geração de emprego e renda e arrecadação de tributos diretos e indiretos.

O coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Evandro Cunha acredita que o Norte Fluminense será um dos grandes beneficiados. “Temos que transformar nossa região num hub de gás. Serão oito termelétricas instaladas aqui nos próximos anos, fora a estrutura que já temos instalada para desenvolver esse mercado”, afirmou ele.

Durante os quatro dias de feira, a Firjan também esteve presente no pavilhão de exposições, oferecendo informações sobre os serviços e cursos de educação profissional da Firjan SENAI, assim como soluções de saúde e segurança do trabalhador da Firjan SESI. Outra atração foi a visita guiada, com óculos de realidade aumentada, por meio do qual o público podia fazer um passeio virtual pelos Institutos SENAI de Tecnologia (ISTs). Também foi montada uma escola móvel, onde ocorreram demonstrações de solda.

A federação participou da Arena ONIP – Conteúdo Bacia de Campos, onde aconteceram painéis com temas ligados à compliance, legislação, tecnologias da área offshore e segurança operacional, além de uma apresentação da Firjan SENAI sobre editais de inovação, entre outros.

Para o presidente da Firjan Norte Fluminense, Fernando Aguiar, esta edição foi marcada pela expectativa de retomada do mercado na região. “A Petrobras sinaliza que continua presente e forte na região com a aquisição de mais três plataformas até 2023 e investimentos na ordem de US$ 20 bilhões nos próximos cinco anos. Com os investimentos nos campos maduros e o novo mercado do gás natural, os empresários estão apostando em mais um ciclo, só que mais curto”, afirmou ele.

Cenário de mercado

A entrada de outras operadoras para exploração do pré-sal no mercado nacional, nos últimos dois anos, trouxe perspectivas de novos investimentos na indústria de petróleo e gás. Desde a volta do calendário de leilões, especialmente com o avanço na pauta de campos maduros, Macaé retoma seu potencial de atividade para offshore e geração de empregos. O cenário promissor trouxe projeções positivas e, só a Petrobras, já anunciou US$ 20 bilhões para os próximos cinco anos na Bacia de Campos.