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Depois da euforia das eleições, como sempre acontece em todas as situações, começam a pipocar por todos os lados, insatisfações de todas as maneiras. Mas é resultado do processo eleitoral, que com uma legislação totalmente retalhada e casuística, sempre veio servindo para atender aos caprichos de quem detem o poder. Em qualquer esfera existem insatisfações e isso é natural. Depois das eleições, quem ganhou, ganhou e, quem perdeu, perdeu.

Faz parte do jogo democrático. Mas que haja realmente um trabalho sério até no parlamento, igual a reforma da previdência e as alterações na legislação para combater a criminalidade em todos os níveis. Deve e tem de haver uma reforma política capaz de ser entendida por todos os atores que precisam, antes de mais nada, ter uma mínima formação para atuar, inclusive, nos partidos políticos, colocando um fim nas expectativas do toma lá dá cá, e acabar com os cargos comissionados que beneficiam as “rachadinhas”, servindo de caminho para o desvio de dinheiro e o enriquecimento sem causa.

Citar aqui os vários casos que a mídia tradicional continua investindo para “minar” o governo, não haveria espaço. Um dos exemplos foi o último caso da demissão do então ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, que insatisfeito com algo, chegou ao ponto de divulgar para a imprensa as gravações das conversas pessoais com o Presidente da República. Aqui para nós, como ele é advogado, qual cliente hoje seria capaz de confidenciar a ele algumas situações pessoais? Claro que passa a existir uma desconfiança. E como tem a turma que adora colocar lenha na fogueira, quem saiu perdendo? Gente, as eleições acabaram e agora todos estão voltados para os resultados e de olho nos seus representantes no Congresso Nacional, hoje, mais próximos de sofrer pressão da base pelas redes sociais. A estrela no Senado, por exemplo, é o Senador Kajuru (GO). Acompanhe a TV Senado ou TV Câmara e tire suas próprias conclusões.

Crises sem fim

Igual ao restante do país, o município de Macaé, que mesmo durante a crise foi o único a se manter no topo da onda, com receitas anuais em torno de mais de R$ 2 bilhões, rumando para o oitavo ano para ultrapassar a arrecadação de R$ 16 bilhões, isso mesmo, mais de R$ 16 bilhões, vive o clima de muitas crises em todos os setores. O prefeito que agora administra pela sua conta no Twiter parece não ser sensível aos dramas vividos pela população que, de norte a sul e de leste a oeste, continua reclamando e muito dos serviços públicos.

Como para ele tem sido fácil lidar com a Câmara Municipal e não se sabe a que custo consegue manter a maioria, as redes sociais vão pipocando memes de todas as maneiras e a pergunta que não se cala é: “quando chegará em Macaé uma das operações vivenciadas por muitos outros municípios, apesar das inúmeras denúncias?”. Parece que todos estão na expectativa porque já que não houve mudanças até agora, as pessoas parecem que querem mudar mas… esbarram na complexidade burocrática dos processos que, igual a passos de tartaruga, parece dormir em algum escaninho.

Mas, enquanto não se abre algum flanco para a oposição que não consegue sequer assinaturas para formar uma CPI para investigar o caso SIT – Sistema Integrado de Transportes, responsável pelo transporte público na cidade, que sem licitação teve o contrato prorrogado até 2020 apenas com uma simples canetada, não há o que esperar muito. O “segredo” das planilhas dos subsídios pagos pelo governo… é intransponível. Mas, enquanto isso, Macaé vai pipocando na mídia com as notícias ruins. As boas, dificilmente têm o respaldo do governo. Os servidores que o digam.

 

PONTADAS

Na prática, esta semana começam as folias de Rei Momo. Crise? Que crise? Por isso o Carnaval é tão bom. São três dias de folia e brincadeira. Até quarta-feira, quando então, o país começa a funcionar. Este ano, pior para a indústria e o comércio porque o período momesco caiu no calendário do mês de março e só depois do dia 10 daquele mês, tudo deverá funcionar.

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Como o prefeito dormiu no ponto e não conseguiu aprovar na Câmara Municipal no final do ano passado as regras para a cobrança da Contribuição de Iluminação Pública, aquela que autoriza a Enel “garfar” do bolso do contribuinte pelo menos duas URMs, ou seja, equivalente a R$ 6,80 por mês, outras receitas deverão ser direcionadas para pagar a conta. Luz para todos…

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A pior notícia da semana é a de que o Departamento de Estradas de Rodagem (ou a prefeitura?) vai instalar mais 18 pardais eletrônicos no trecho de 20 quilômetros entre Macaé e Rio das Ostras. Somente no mês de janeiro, foram registradas 1.144 infrações, com certeza, por causa dos atuais pardais. Colocar mais 18, é um absurdo. Onde estão nossos deputados? Vamos cobrar a conta?

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Até domingo.