João Pedro Brito Belther, de 11 anos, e Anny Pozzi Borges, de 12 anos, são os autores do livro

O jovem João Pedro Brito Belther lança o livro ‘Maminguim: uma história com pé nem cabeça’, neste sábado (11), na Galeria Bia Café com Arte

O lindo João Pedro Brito Belther reúne seus conhecimentos, revela seu talento e vive um clima de altas expectativas para sua noite de autógrafos. Trata-se do lançamento do seu livro ‘Maminguim: uma história com pé nem cabeça’, direcionado ao público infanto-juvenil, que acontecerá neste sábado (11), na Galeria Bia Café com Arte, a partir das 18h.
A obra conta com participação especial da jovem Anny Pozzi Borges, de 12 anos, que junto com o autor João Pedro Brito Belther, ambos autodidatas, demonstraram ser duas pessoas muito criativas.

O livro é resultado do empenho das mães de Anny e João, Tatiane Pozzi e Eliz Brito, que, diante da dificuldade de conseguir uma editora que se propusesse a publicar o trabalho dos filhos, elas fizeram uma produção independente. Os interessados já podem adquirir um exemplar do livro nas várias sessões de autógrafos que serão promovidas em diferentes locais da cidade. Outros informações pelos telefones (22) 98142-7702 ou 99892-1293.

‘Maminguim: uma história
com pé nem cabeça’

O livro ‘Maminguim: uma história com pé nem cabeça’, direcionado ao público infanto-juvenil, conta as aventuras de Maminguim, um pinguim que sofreu uma mutação e se tornou mamífero. Junto com seus amigos, também nada convencionais, Maminguim vive uma aventura na Antártida e no Caribe e acaba descobrindo um lugar muito “estrisitanho”.

João Pedro

O autor João Pedro Brito Belther nasceu me Curitiba (PR), em 29/07/2007. Começou a escrever Maminguim aos 9 anos. A ideia veio depois de uma brincadeira com seus pais em que eles ficavam fazendo a junção de animais, criando personagens “absurdos”. Leitor assíduo e autodidata, João teve contato com os livros desde muito cedo, adquirindo, aos 2 anos de idade, a habilidade de ler quase que juntamente com a fala. Isso lhe permitiu conhecer e se apaixonar por vários livros e personagens, como a Turma da Mônica, O Menino Maluquinho, Calvin e Haroldo, Asterix e muitos outros. Atualmente, João Pedro não frequenta nenhuma escola regular; seus pais optaram pela Educação Domiciliar, por acreditarem que é o melhor para ele.

Anny

A ilustradora Anny Pozzi Borges nasceu em 29/07/2006, em Macaé (RJ). Atualmente, estuda em escola particular, mas até o terceiro ano do Ensino Fundamental frequentou escola pública municipal de Rio das Ostras (RJ) e participou de vários projetos esportivos gratuitos. Sempre conciliou a rotina de estudo, esporte e desenho, este último o faz de forma livre. Autodidata, procura dicas em canais no Youtube e assim executa suas artes. Anny gosta muito de desenhar e também tem a habilidade de fazer pirografia. Ela e João se conheceram nas aulas de Tênis, e, com o incentivo de suas mães, uniram seus talentos e tornaram-se parceiros neste projeto.

João Pedro ao lado os pais

Por que João Pedro não vai à escola?

A mãe de João Pedro, Eliz Brito, revela que andar, falar e ler foram habilidades desenvolvidas pelo João quase ao mesmo tempo. Foi um processo natural e espontâneo. Desde muito cedo os livros fizeram parte do seu cotidiano; seus pais liam para ele antes de dormir, em dias de chuva, nos parques, em dias de sol. Quando menos imaginaram, o garotinho de 2 anos os surpreendeu lendo palavras soltas, pedindo para os pais lerem “digavar” para que ele pudesse acompanhar. Antes de 3 anos de idade, João já lia os gibis da Turma da Mônica.

Eliz prossegue contando que saber ler e gostar de aprender trouxeram ao João um universo de conhecimento e possibilidades, porém na escola foi diferente; ele nunca se adaptou ao ambiente escolar. “João pensa cantando e se movimentando, gosta de fazer contas de cabeça enquanto ouve música, ler por vontade própria e tem hiperfoco, quando se interessa por um assunto quer destrinchá-lo, aprender sobre aquilo de verdade, leve o tempo que levar, e na sala de aula isso não era possível. Chegou um momento em que ele estava tão infeliz e desestimulado que parou até de ‘aprender’. Chorava todos os dias pedindo para não ir à escola. Em casa já não pegava mais nos livros, não cantava e vivia apático e irritado”, conta Eliz Brito, mãe de João.

Só em Macaé, os pais tentaram quatro escolas diferentes ao longo de seis anos. Até que em 2017 resolveram não matriculá-lo em nenhuma escola regular e adotaram o modelo de ensino “Educação Domiciliar”. Eles garantem que foi a melhor decisão que poderiam tomar pelo bem do filho, que agora lança seu primeiro livro.

“No Brasil, já são mais de 30 mil famílias que optaram pela Educação Domiciliar, embora ela ainda não seja regulamentada/liberada no país, mas o processo já está no STF esperando um parecer do juiz”, conclui Eliz.