Com a disputa da Copa do Mundo chegando ao final, as atenções futebolísticas voltam a dar lugar e espaço na mídia, para os pré-candidatos a deputado, senadores, governadores e Presidente da República.

Com certeza, faltando apenas exatos três meses para as eleições de outubro, após a homologação em convenção dos nomes daqueles que buscam o poder – muitos a qualquer custo para ter o foro privilegiado – e se livrar da cadeia, teremos um festival de informações desencadeadas pela rede social, quando a internet hoje favorece este tipo de estrago, razão pela qual o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, promete jogar duro e até mesmo anular a eleição daqueles que abusarem com a fake news, ou melhor, notícia falsa. Por esse motivo e outros, a mídia convencional – rádio, jornal, televisão e outras que gozam de credibilidade – estão entre os de maior índice quando pesquisados na questão confiança.

O território livre da internet continua fazendo muitas vítimas e não será fácil para o eleitor entender a saraivada de informações que vai receber. Pelo menos nos últimos dias, grandes grupos empresariais de comunicação, vêm detectando que alguns candidatos a presidente e a governador já começam a utilizar robôs para divulgar suas ações.

Outro detalhe importante, foi a decisão de muitos partidos de não direcionar o dinheiro do Fundo Eleitoral, aquele criado e estimado em R$ 2,1 bilhões para financiamento público de campanha, para os pré-candidatos à Presidência da República, destinando esse derrame de dinheiro de nossos impostos apenas para a eleição de bancadas de parlamentares. Ou seja, depois que as delações premiadas levaram muita gente para trás das grades, entre eles poderosos políticos e empresários, está difícil arranjar grana, e quem vai pagar a conta, mais uma vez, é o contribuinte. Bem, a Copa do Mundo vai chegando ao fim e, para os políticos, está sendo dada a largada.

Ganhando no grito?

É comum nos dias de hoje, os empresários torcerem o nariz para a classe política. Porque, como os políticos gozam de pouca credibilidade – são estilo Copa do Mundo, só se apresentam para o eleitorado de quatro em quatro anos – as reivindicações da população vão ficando esquecidas, embora durante a campanha o plano de governo que atende a todos os segmentos. Mas, passada a posse, isso em qualquer nível, as promessas ficam esquecidas e o contato com os eleitores ficam bem distantes, a ponto de as pessoas ao serem questionadas, afirmarem que não lembram mais em quem votou, salvo raras exceções.

Também tem o toma-lá-dá-cá, de todas as formas, e em todos os níveis, seja através de obras, nomeações para cargos comissionados, dentre outras facilidades para quem detém o poder. Com isso, cresce a oposição. Falar mal é mais fácil e melhor do que elogiar. No caso de Macaé, por exemplo, desde que o ex-prefeito Sylvio Lopes deixou a prefeitura, não está fácil encontrar uma liderança capaz de fazer a maioria da população feliz. Ainda mais quando ocorre uma crise sem tamanho como a que estamos passando. Mas o empresário, embora torça o nariz para o político, acaba se rendendo à classe para atingir objetivos.

Assim foi quando no dia 15 de junho, um grupo de empresários participou da audiência pública em Vitória (ES) e ouviu o governador Paulo Hartung dizer que gostaria de ver o aeroporto de Macaé fora da lista de concessão, que ocorrerá até o final do ano. Acendeu não a luz amarela, mas a vermelha. Foram eles, os empresários, sem a participação de políticos, que decidiram elaborar um manifesto para entregar às autoridades e aí, precisaram de quem? Dos políticos. Depois do sucesso na prática quase alcançado, chegou a vez dos políticos. Os empresários ganharam no grito, mas os políticos tiveram voz e vez. E tudo caminha para um final feliz.

PONTADAS

Os brasileiros que passaram a nutrir o desejo de conquistar a cidadania portuguesa, devem colocar as barbas de molho. Já são muitos os que começam a trabalhar de graça em troca de cama e comida. Os números divulgados no Relatório de Imigração, mostra que 62,3% das 2.142 recusas de entrada no aeroporto foram para brasileiros. Ao todo, mais de 37 mil pessoas pediram cidadania portuguesa, e o Brasil lidera a lista com 10.805 pedidos no ano passado.

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A deputada federal Soraya Santos (PR-RJ), que é macaense nata, participou do encontro de empresários que foram ao Palácio do Planalto entregar o manifesto para manter o aeroporto de Macaé no pacote de concessões que inclui, também, o aeroporto de Vitória (ES). Ela deu uma demonstração inequívoca de que pretende ver o projeto integrado e nele a construção de uma nova pista de pouso com 1.500 metros.

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Como a Câmara Municipal está em recesso e alguns vereadores pré-candidatos a deputado estadual como Guto Garcia, Marcel Silvano, Julinho do Aeroporto, Marvel, e outros estão gastando sola de sapato atrás de voto, a festa maior vai ficar mesmo para o dia 29 de julho, quando o município comemora 205 anos de emancipação política. É enorme a lista de honrarias diversas como cidadania macaense e mérito municipal e político.

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Até domingo.